ELE CAMINHA CONOSCO

Estamos no 3º domingo da Páscoa. Cor branca, alegria. O Senhor ressuscitado está conosco e caminha à nossa frente.

O Evangelho de Lucas (24,13-35) descreve um encontro na estrada; uma longa conversa evangelizadora; uma refeição, uma descoberta e um novo caminho de retorno. É a experiencia dos discípulos de Emaús. Eles como um discípulos estavam caminhando em direção a Emaús. Eram dias após a morte e ressurreição de Jesus. Estavam desanimados e no desânimo o caminho fica longo. Nesta realidade eles se encontraram com Jesus. A princípio, não o reconheceram e discutiram a tristeza, a decepção e o medo que sentiam com a morte de Jesus. Depois de uma longa jornada, um convite: “Fica conosco é tarde e a noite vem chegando”. E o convenceram a segui-los e a juntar-se a eles numa refeição. E sentados à mesa, ao partir o pão eles reconheceram Jesus. “Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles o reconheceram. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras”? Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão” Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. Papa Francisco ensina: “os dois discípulos sentiram uma atração extraordinária por aquele homem misterioso, e o convidaram para permanecer com eles naquela noite. Jesus aceitou e entrou com eles na casa. E quando, na mesa, abençoou o pão e o partilhou, eles o reconheceram, mas Ele desapareceu da vista deles, deixando-os cheios de estupor. Depois de serem iluminados pela Palavra, tinham reconhecido Jesus ressuscitado no partilhar o pão, novo sinal da sua presença. E logo sentiram a necessidade de retornar a Jerusalém, para contar aos outros discípulos esta sua experiência, que tinham encontrado Jesus vivo e o tinham reconhecido neste gesto da fração do pão”.

Mas tudo pode mudar quando se conta antes de tudo com o Senhor, que vem transformar, purificar e pacificar o ser interior. As transformações às quais aspirais na vossa vida têm necessidade em primeiro lugar e sobre tudo de mudanças nos corações” (João Paulo II). Os discípulos de Emaús tiveram seus corações transformados na conversa com Jesus; puderam então compreender o sentido da missão de Cristo e de seus próprios projetos de vida. “Diziam então um para o outro: Não se nos abrasava o coração, quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras”?   Os discípulos de Emaús abriram os olhos e reconheceram Jesus pelo gesto de partir o pão. “Esta situação de cegueira, nos discípulos de Emaús, prolonga-se até ao momento em que pediram para “ficar com eles”. Jesus entrou, sentou-se à mesa e com eles partiu o pão. “E eis que se lhes abriram os olhos e O reconheceram”. “Repletos de esperança e de alegria por terem reconhecido o Senhor “na fração do pão”, regressaram a Jerusalém sem hesitações para narrar aos irmãos aquilo que acontecera ao longo do caminho”.

Em Aparecida, do dia 26 de abril e 6 de maio de 2017, mais de 400 bispos de todas as regiões do Brasil estarão reunidos na a 55ª Assembleia dos Bispos do Brasil. Assembleia da CNBB “é a expressão e a realização do afeto colegial, da comunhão e corresponsabilidade dos Bispos-Pastores da Igreja no Brasil”. Estão reunidos em oração, encontros, grupos, plenários… refletindo e buscando caminhos para a Igreja Católica em especial a Iniciação à Vida Cristã, como novo modelo de catequese e evangelização para os tempos atuais. “Jesus formou discípulos e discípulas, instruindo-os com a sua original atitude de acolhida, de compreensão e de valorização das pessoas, principalmente, as marginalizadas. A vida de Jesus transformou de tal modo essas mulheres e esses homens que, aos poucos, foram compreendendo que a salvação cristã é vida concreta, existência quotidiana, de relação pessoal com Deus e com os irmãos e irmãs. É, também, libertação das injustiças e das limitações humanas. A expressão ‘novo’ é fundamental nas atitudes de Jesus: odres novos, mandamento novo, nova aliança. Tudo isto teve seu ponto alto na entrega pessoal de Jesus, da sua própria vida na cruz, na certeza da sua ressurreição, para permanecer conosco para sempre. (tema central)

Há outros temas como a celebração da Palavra nas comunidades sem eucaristia, , a situação dos povos indígenas, a palavra de Deus nas comunidades, o sínodo dos bispos sobre juventude.

20170426_071700Estou presente na em Aparecida e todos os dias, no Santuário, celebramos a eucaristia. Elevo as preces pela diocese de Rondonópolis-Guiratinga. Que o Sagrado Coração de Jesus, patrono da Diocese, derrame abundantes graças e bênçãos sobre cada um de nós. Saúde aos doentes, alegria aos tristes, esperança aos desanimados.

 

Dom Juventino Kestering