“a morte não venceu”
Caríssimos irmãos e irmãs, estamos celebrando o tempo de grande alegria para nós, proclamamos e acreditamos que o Senhor está vivo no seio da tua Igreja. Ele é a luz que nos ilumina. É Jesus Ressuscitado o motivo da nossa maior alegria, continuamos proclamando na Igreja e em nossa vida “a morte não venceu”, quem venceu foi o Cordeiro Imolado, o Cristo ressuscitado.
Na liturgia deste domingo, acompanhamos a terceira aparição de Jesus ressuscitado, narrado por São João (21, 1-19). Para compreendermos bem este trecho do Evangelho, devemos nos recordar dos fatos que antecederam essa aparição. Quando Jesus foi preso e levado para o julgamento no sinédrio, aparece um homem em volta da fogueira se aquecendo e depois esse homem nega a Jesus por três vezes (Lc 22, 52-62). Tenho certeza que na sua memória você já identificou de quem eu estou falando.
Lembremo-nos que Pedro nem sempre teve a coragem que a primeira leitura nos aponta hoje, de chegar no sinédrio e com ousadia anunciar o plano da salvação. Mas o que aconteceu então para que o negador se tornasse o anunciador? É isso que meditamos no Evangelho. Jesus aparece na beira do lago e manda os discípulos lançarem as redes, assim como fez no chamado deles em (Lc 5, 1-11). Jesus também faz uma fogueira, e ela lembra o cenário da negação (Lc 22, 52-62).
Nos perguntamos, o que levou Jesus a ter tal atitude? A resposta está no diálogo com Pedro. Jesus aparece para confirmar o amor daquele homem a quem Ele tinha confiado as chaves da Igreja (Mt 16). Devemos notar a pedagogia de Jesus, o modo como Ele age é fantástico. Na pesca lembra o chamado, com a fogueira e as três perguntas sobre o amor, lembra a negação e confirma que Pedro continua sendo o responsável pela Igreja. Mais importante do que negar, é sempre manifestar o amor. Pedro sabe das suas falhas, do seu medo, mas Jesus também sabe que o que Pedro diz é verdade, ele O ama. Todo o rebanho é apascentado neste amor que Pedro confirma ao seu Mestre.
Rezemos neste dia pelo papa Francisco que continua ainda hoje apascentando o rebanho de Deus. Para que ele seja fiel ao seu chamado e continue amando e nos ajudando a amar nosso Senhor com todo nosso coração.
Luan Batista Furtado Ferreira (Seminarista do 4° ano de Teologia)
