EIS-ME AQUI SENHOR, ENVIA-ME!

Dom Maurício Jardim celebra 1º ano de episcopado com familiares e a comunidade

Uma celebração eucarística, na manhã do último sábado, 19/08, na Catedral Santa Cruz, marcou o primeiro aniversário de nomeação do atual bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, dom Maurício da Silva Jardim. A Missa lembrou a nomeação ocorrida em 19 agosto 2022 em Porto Alegre (RS) com o tema “Eis-me aqui, envia-me”.
Após o ato inicial litúrgico, a celebração foi aberta com uma procissão de apresentação de “sinais” da missão de Dom Maurício; entre eles, o Brasão de seu episcopado, as sandálias missionárias, a cuia de chimarrão, o banner com a relação das paróquias que pastoreia, um símbolo da cultura indígena do povo Boé-bororo, o banner do 15º Intereclesial das CEBs, e de grupos representantes de recém-crismados, da Infância Missionária, Catequese e Cursilho de Casais.

FAMÍLIA – O bispo agradeceu “muito feliz” a presença de algumas dezenas de fiéis, parte dos padres e seminaristas da Diocese, e fez citações especiais a Padre Lothar (pioneiro da Igreja em Rondonópolis) e Padre Picoli, de Porto Alegre (RS) que ele conheceu, no início dos anos de 1990, antes de ingressar no Seminário.
Também apresentou sua mãe, Dona Ceci, de 87 anos, os irmãos Marçal, Nara e Bia, a sobrinha Natália e Tia Teresa (que ficarão com ele por uma semana), e reiterou sua visão sobre a importância da família: “Toda vocação nasce em uma família”, frisou.

JOSUÉ – Usando o texto da primeira leitura da liturgia (Jos. 24,15), Dom Maurício admoestou os presentes, atualizando a provocação de Josué ao povo Hebreu, para “escolher hoje” a quem quer servir e completou: “Eu e minha família serviremos ao Senhor. Como o povo de Israel, devemos responder: longe de nós servir a outros deuses, dinheiro, ídolos, deuses pagãos, bezerro de ouro; porque povo faz memória do que Deus fez, o tirando da terra da escravidão”.
A decisão é simples, resumiu: abandonar os deuses estranhos, se arrepender, voltar o coração e fazer uma aliança com Deus. “Sem arrependimento não tem aliança e a partir da aliança vem o compromisso”, pregou.

SER PEQUENO – Sobre o Capítulo 19 do Evangelho de São Matheus, Dom Mauricio lembrou que na época de Jesus as crianças não eram contadas (junto com as mulheres), por isso a importância do acolhimento de Cristo a elas. “Criança tem coração bom, sem força própria, vive a dependência (sem autonomia). Acolher o reino de Deus é se fazer pequeno. Quem se acha grande, forte e autossuficiente não conhece o reino. E vale para todos nós, padres, seminaristas, bispo, adultos; se a gente não conseguir ser pequeno, a gente não entende o reino dos céus, porque o reino do céu é dos pequenos, que tem o coração aberto, simples, misericordioso, um coração de paz”, pregou o bispo.

VOZ DOS SEM VOZ – Dom Maurício reforçou que a aliança seguida de compromisso, do povo de Deus, seja “com os que mais precisam: os pequenos, e simples que não tem voz. “A Igreja se torna, muitas vezes, a voz dos que não tem voz; vamos pedir essa graça de ser a voz daqueles que não tem voz”, insistiu.

Antes da benção final, o comentarista da celebração lembrou a frase usada pelo bispo em sua posse, ano passado: “não sou eu que tomo posse da missão, mas é a missão que toma posse de mim”. E em seguida chamou para testemunhos sobre a Missão de Dom Maurício representantes da Pastoral da Mulher Marginalizada e do 15 Intereclesial das CEBs, além Padre Picoli, de Porto Alegre, um dos convidados de Dom Maurício para a celebração de seu primeiro ano de episcopado.

NILTON MENDONÇA

PASCOM DIOCESANA