Projeto Pastoral 2016-2020

DIOCESE DE RONDONÓPOLIS-GUIRATINGA 

PROPOSTAS PASTORAIS APROVADAS NA 3ª ASSEMBLEIA DIOCESANA DE PASTORAL – Fátima de São Lourenço, 11 a 13 de novembro de 2016

Entre os dias 11 a 13 de novembro de 2016, reunidos, na Casa de Encontro em Fátima de São Lourenço, na 3º em Assembleia Diocesana de Pastoral, com a participação de 136 delegados, representantes das vinte e uma paróquias a Diocese de Rondonópolis-Guiratinga assumiu como compromissos para os próximos quatro anos (2016-2020) os compromissos que seguem. Esses compromissos expressam a unidade eclesial e a comunhão diocesana, com aprovação de todos os padres, coordenadores de movimentos, pastorais e serviços.

Horizonte teológico:

Frase Bíblica fundante que acompanha o projeto nos próximos quatro anos:

Jesus andava por cidade e povoados, pregando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus e os discípulos caminhavam com Ele” (Lc 8,1).

Concílio Vaticano II nos ensina na CONSTITUIÇÃO PASTORAL GAUDIUM ET SPES: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua história” (GS 1).

Papa Francisco insiste: Igreja de saída, missionária; que toma inciativa, vai as periferias humanas e territoriais. Igreja que acolhe, que promove a cultura do encontro, que é misericordiosa.

Voz dos bispos: “Jesus Cristo é a fonte de tudo o que a Igreja é e de tudo o que ela crê! Em sua missão evangelizadora, ela não comunica a si mesma, mas o Evangelho, a palavra e a presença transformadora de Jesus Cristo, na realidade em que se encontra. Ela é a comunidade dos discípulos missionários, que respondem permanentemente à pergunta decisiva: quem é Jesus Cristo? O fundamento do discipulado missionário é a o seguimento de Jesus Cristo. Na comunhão eclesial, os discípulos missionários experimentam o fascínio que faz arder seus corações (Lc 24,32), e os leva a tudo deixar e a viver um amor incondicional a Ele. A paixão por Jesus Cristo os leva à verdadeira conversão pessoal e pastoral” (DGAR 4).

Projetos Pastorais: São os Projetos Pastorais que apontam uma direção pastoral e formam a comunhão eclesial.

 

  1. IGREJA EM ESTADO PERMANENTE DE MISSÃO

Projeto 1: Retomada do projeto missionário na comunidade eclesial

– Retomar e avançar no projeto das missões populares com enfoque nos novos espaços

– Formar uma equipe diocesana de articulação que envolva os vigários forâneos para motivar e elaborar subsídios. A missão mexe com gente. Evangelização resulta em compromisso.

Data para envio do projeto em nível diocesano: dia 10 de abril, na Missa dos Santos óleos.

Data para envio do projeto em nível paroquial: dia 23 de abril – 1º domingo depois da Páscoa.

 

Meta 1: Desencadear na diocese e nas 21 paróquias o projeto das Missões Populares, como serviço organizado, assumido pelas pastorais, movimentos e organismos de modo permanente com setorização da paróquia.(visitas, mutirões, presença nas universidades, nas escolas, prédios, assentamentos, aldeias indígenas, nos bairros)

Meta 2: Para chegar às bases, formar, reorganizar, motivar os grupos de família e triplicar o número de grupos de família, ou grupos de reflexão ou círculos bíblicos nos próximos quatro anos.

 

Operacionalizar:

  1. Retomar o projeto das Missões Populares já existentes e atualizá-lo. Quem vai animar o projeto das Missões Populares? Na paróquia: o pároco com o CPP e ou equipe específica.
  2. Em âmbito de diocese a coordenação diocesana de Pastoral com a Equipe de Reflexão, os 4 vigários forâneos e um membro do COMIDI com objetivo de:

– Avaliar a nossa ação pastoral, o que fizemos até agora? Continuar ir de casa em casa? Uma só vez, ir mais vezes na mesma casa? Como fazer missão nos centros das cidades onde tem comercio, escritórios, os condomínios fechados. Como entrar?

– Trocar experiências para clarear e indicar possibilidades de como é no dia a dia a prática de fazer as missões populares.

– Desenvolver um entendimento teológico de missão – de missionariedade. Isto exige reflexão e troca de experiências.

– Responsabilizar por uma equipe missionária por rua? Por uma quadra? Encontrar as pessoas disponíveis, ajudar na formação e acompanha-las. Oferecer um bairro inteiro, um condomínio fechado, um prédio a um Movimento?

– Elaborar subsídios, material que pode ser entregue nas casas, com orações, textos curtos e simples.

– Estabelecer datas de preparação dos missionários, os locais onde atuarão.

– Aprofundamento: A meta das missões populares deve ser, além do aspecto evangelizador, entrosar os moradores entre si, fazer um grupo de base, grupo de famílias, que se encontra periodicamente, descobrir os passos como se enturmar. As pastorais e movimentos abertos para integrar nas missões populares.

– O Documento nº 105 da CNBB, abre perspectivas de como fazer missão. Os leigos devem testemunhar a sua fé no seu lugar de trabalho, com seus amigos e onde participam na sociedade.

 

  1. IGREJA: CASA DE INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

 Projeto 2: Iniciação à vida cristã assumida pelas pastorais e movimentos

– Organizar, fortalecer, implantar a Iniciação à Vida Cristã, considerando as etapas distintas da vivencia do mistério cristão; envolvendo a catequese, a pastoral do batismo, liturgia, formação de ministros, juventude, acampamentos, pastorais e movimentos.

Meta 1: Celebrar com a catequese os diversos ritos conforme as etapas da catequese de iniciação à vida cristã

Meta 2: Inserir a celebração do batismo no processo da iniciação à vida cristã, salientando os ritos, os gestos, as palavras e em especial a inserção na comunidade eclesial.

Operacionalizar:

  1. Etapas possíveis: catequese com crianças, adolescentes, jovens e de adultos, participação de retiros, de cursilhos, de acampamentos, envolvendo as pessoas confiando-lhes responsabilidades; convidando-as a participar em atividades pastorais ou serviços na comunidade. A participação da missa semanal seja meta e resultado de um caminho já percorrido.
  2. Quem são os responsáveis para levar adiante este projeto de iniciação à vida cristã? Os párocos, os catequistas, os preparadores de batismo, os coordenadores de pastorais e movimentos e a comunidade como sujeito de evangelização.
  3. Aprofundar no CPP, nas foranias, nas pastorais e movimentos: Como uma pessoa pode ser iniciada? Em que momento celebrar o sacramento? Início, meio, fim? Quem está no processo das etapas percorridas, o sacramento significa o auge da experiência cristã. Como acontece a iniciação à vida cristã? A iniciação acontece na medida em que uma pessoa ou um grupo de pessoas sentem o desejo de retomar a vida cristã ou buscam a vida cristã e começam a participar da comunidade cristã ou de movimentos porque lá se sentem bem, sentem que podem participar da vida da Igreja; encontram na comunidade: amizade, respeito, alegria de participar da celebração dominical, de se inserir na sociedade como testemunha do Evangelho com possiblidade de crescer na fé, no amor a Deus aos irmãos. Não se pode pular etapas da experiência cristã, é preciso fazer, sentir, viver o sentido cristão. O fundamental da experiência cristã é acompanhar, pastorear. A meta da iniciação à vida cristã é como fazer para conhecer Jesus Cristo e segui-lo pelo caminho.

 

  1. IGREJA: LUGAR DE ANIMAÇÃO BÍBLICA DA VIDA E DA PASTORAL

 Projeto 3 = BÍBLIA NA MÃO DO POVO

 – Fortalecer as iniciativas já existentes na Diocese de formação bíblica como cursos bíblicos que já estão acontecendo nas paróquias, em algumas comunidades, o CEBI (Centro de Estudos Ecumênico da Bíblia).

– Informar melhor a respeito do trabalho do CEBI que já está acontecendo em várias paróquias e comunidades, apresentar as pessoas responsáveis.

– Criar em cada paróquia pequenos grupos ou cursos de animação bíblica; Essa missão é de responsabilidade do pároco de formar uma equipe, ver o material e organizar a formação bíblica. É bom constituir na diocese ou nas foranias uma comissão ou grupo, ou equipe de coordenação responsável por esta urgência?

.Favorecer o uso da bíblia em todas as iniciativas evangelizadoras na Diocese.

– Organizar e incentivar nas paróquias os pequenos grupos como grupos de famílias, grupos de base, grupos de fé e vida, grupos de reflexão, círculos bíblicos; grupo de terço; motivar e ajuda-los a fazer os encontros com os subsídios oferecidos. Quem? O pároco com a sua equipe de círculos bíblicos

– Motivar a utilização do roteiro de leitura orante que consta nas duas ultima páginas do Hinário

.Para 2017:  elaborar um subsídio sobre a Missa com ampla fundamentação na Bíblia

.A partir de  2018:  elaborar os subsídios da Diocese como subsídios bíblicos.

 

Meta 1: Pelo menos em cada paróquia ter um curso de formação bíblica para o povo em especial nas periferias.

Meta 2: Motivação constante e mutirões de aquisição da bíblia através de (consórcio bíblico, projeto bíblia em prestação. Com adolescentes, crianças e também adultos: projeto troque em três meses o valor do crédito do celular para compra de uma bíblia,

Meta 3: Criar o hábito de carregar a bíblia na bolsa, no carro e iniciar os encontros, cursos, reuniões, catequese, encontro das pastorais e movimentos…. com a leitura do evangelho do dia.

Meta 4: Capacitar na paroquia, os animadores/as dos círculos bíblicos ou grupos de família, catequistas, pregadores de retiro, de acampamento, para melhor dinamizarem os grupos de família e pregações.

 

 

  1. IGREJA: IGREJA COMUNIDADE DE COMUNIDADES

 Projeto 4 – FORTALECIMENTO DA COMUNIDADE ECLESIAL

 – Fortalecimento ou criação dos CPPs (Conselho de Pastoral Paroquial) e CPCs (Conselho de Pastoral da Comunidade) onde ainda não existe;

.Formação específica para  coordenadores para as comunidades. – Iniciar o fortalecimento da comunidade com a formação dos ministros, de coordenação, da Palavra, da comunhão eucarística, da visitação, das exéquias e outros. Responsável por esta formação é a coordenação diocesana de ministérios junto com os vigários foraneos.

 

Levar às comunidades alguns serviços pastorais como batismo, crisma, matrimônio, formação, secretaria paroquial itinerante para as comunidades.

– Organizar a setorização da paróquia para a proximidade de comunidades, trabalhos em conjunto, mútua ajuda,

– Organizar as paróquias como redes de comunidades superando  o binômio – Matriz/comunidades. Cada vez as pessoas andam menos e querem a comunidade mais próxima.

– Envolver lideranças dos acampamentos, grupos de oração, movimentos nos CPCs e CPPs de tal forma que  as decisões e ações devam passar pelo CPP e CPC como ocorre com outros agentes de pastorais.

 

Meta 1: Fortalecer o CPP como espaço de estudo da realidade da Paróquia, da cidade; espaço para escuta de cada comunidade, lugar de estudo dos documentos da Igreja e de avaliação da caminhada pastoral conforme o Plano Diocesano de Pastoral

Meta 2: Setorizar a paróquia com ministros da coordenação e fortalecer a comunidade trazendo os serviços para a mesma (celebração da comunhão eucarística, celebração da crisma,  celebração da Palavra com distribuição da eucaristia nos finais de semana).

Meta 3: Instituir o ministério da visitação, ministro da dor, do consolo, da presença para atender os idosos, acamados, hospitalizados, pessoas que sofreram graves acidentes, pessoas que perderam entes queridos.

Meta 4: Nos próximos anos aumentar em 150, o número de comunidades eclesiais (novos templos, aluguel de velhas garagens, oficinas, compra de toldos, varandas das casas, pátios da escolas…..)

Meta 5: Nos próximos quatro anos aumentar em mais 300 ministros da comunidade com Metodologia evangelizadora: pregação (EG, 135. 145), escuta (EG, 154), iniciação cristã (EG, 163ss), ação social (EG, 17ss). A Igreja necessita de ministros que desenvolvam a comunicação direta e com linguagem simples. Com esses elementos é possível atender aquilo que é de direito do Povo de Deus nos centros urbanos e nos centros rurais, nos assentamentos, nas aldeias indígenas… e sem esperar. Abrir um leque de possíveis ministérios que passam elencar inspirado em Atos 12,6ss: “Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”.

– Ministério do aconselhamento pastoral – Ministério da penitencia e reconciliação ordinária – Ministério das exéquias – Ministério da pregação que alimenta a fé – Ministério da espiritualidade cristã – Ministério das culturas juvenis – Ministério da política – Ministério da caridade ativa – Ministério da Piedade Popular – Ministério da dor e da cura – Ministério de formador de lideranças – Ministério de itinerância – Ministério diaconal com maior liberdade de ação, mais evangelizadores que burocráticos.

Meta: 6: Criar o Projeto Paróquias Irmãs. As paróquias com melhores condições ajudar as mais carentes, com recursos, construção de um templo, de um centro de catequese, de um espaço para se reunir, ou ajuda para formar um líder de pastoral.

 

 

 

5,  IGREJA A SERVIÇO DE VIDA PLENA PARA TODOS

Projeto 5: VIDA PARA TODOS

– Criação e organização da Pastoral Social  em todas as paróquias

– Organização de  núcleos de estudo sobre a Pastoral Social,

– Identificação de excluídos e necessitados nas paróquias,

– Fazer levantamento dos problemas sociais mais gritantes na paróquia,

– Uma Igreja pobre para os pobres,

– Dinamizar a Semana Social e a Campanha da Fraternidade com ações concretas,

-Estabelecer ações de comportamento e transformação social,

– A ação social deve permear todas as ações na paróquia,

 

Meta 1: Criar ou reorganizar a Pastoral Social em todas as 21 paróquias da diocese, com uma identidade que caracteriza o rosto da paróquia na área social.

Meta 3: Implementar a Semana social com diversas iniciativas, dias de estudo, fórum, simpósios, Construir parcerias para a realização da Semana Social que ocorre de 01 a 07 de setembro de cada ano.

Meta 4: Efetivar a presença nos assentamentos e aldeias indígenas e as paróquias das cidades assumir a construção de um templo numa comunidade carente.

Meta 5: Retomar a Escola de Cidadania em nível diocesano em parceria com congregações religiosas, Conselho de Leigos e outras entidades (UFMT OAB, Observatório Social…)

 

 Operacionalizar:

  1. A Coordenação Diocesana de Pastoral enviará a todas as paróquias uma carta solicitando: – Um levantamento do que há na sua paróquia de trabalho social e as pessoas ou grupos de pessoas ou congregações responsáveis pelos projetos sociais.

– Fazer um levantamento dos problemas sociais mais gritantes na paróquia e acompanhar de modo permanente nos próximos quatro anos.

– Mapear e identificar os excluídos e necessitados nas paróquias

  1. Em mãos com os dados a coordenação de Pastoral convoca os vigários foraneos, com suas respectivas equipes com seus conselheiros para um encontro com a finalidade de criar e organizar a Pastoral Social em todas as paróquias, nas foranias e na diocese

– Organizar núcleos de estudo sobre a Pastoral Social

 

Ações permanentes:

– Avançar na evangelização: Juventudes, família, formação de leigos e leigas em nível de diocese, foranias e paróquias.

– Maior utilização dos Meios de Comunicação (TV, rádio, jornal, publicações paroquiais e os meios eletrônicos, site da diocese)

 

= Alguns pedidos durante a assembleia:

– Retomar com toda força o Projeto Missionário da diocese

– Escola de Ministros da Palavra

– Equipes de formação para ajudar nas foranias e paróquias,

– Mais atenção à metodologia pastoral – para avançar

– Presença da Igreja na sociedade

– Ir às paróquias

– Valorização das Foranias