31º Romaria dos Mártires: Profetas da esperança de uma igreja em saída, sinodal e samaritana.

31ª ROMARIA DOS MÁRTIRES
Missa debaixo de chuva e homenagem a moradores
de rua mortos em dezembro marcaram edição 2024

Uma missa campal, no Cais, celebrada debaixo de chuva, para algumas centenas de fiéis persistentes, foi um dos destaques da 31ª edição da Romaria dos Mártires da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, realizada na tarde/noite deste domingo, dia 10 de março. “Foi bonito ver; é uma manifestação realmente de fé; a vida cristã é assim; não é um mar de rosas, nem todos os dias tranquilos; tem o caminho da cruz e o nosso povo persistiu até o fim”, comentou o bispo diocesano dom Mauricio da Silva Jardim.
Com o tema central tratando os mártires como “profetas da esperança”, a Romaria partiu da Catedral Santa Cruz, percorrendo as ruas e avenidas Frei Servácio, Rio Branco, Tiradentes, Rosa Bororo, Bandeirantes, Rui Barbosa, Amazonas e Floriano Peixoto, até o Cais, em um percurso de cerca de uma hora e meia.

SEM HOMILIA – Com o objetivo de abreviar o tempo da Missa, Dom Maurício dispensou a homilia, que segundo ele, foi preparada com três páginas e que será postada nas mídias sociais da Diocese para que o povo católico tenha acesso.
Como é tradição, no decorrer da Romaria, diversos temas foram meditados, entre eles a defesa intransigente da vida (desde a concepção até a morte natural), da família e as questões defendidas pela Igreja com a forme, a violência e injustiças sociais, no campo, na cidade e referentes ao meio ambiente. A Campanha da Fraternidade, que este ano trata da Amizade Social e evoca “a condição de irmãos para todos os seres humanos” também foi tema de reflexão.

CHACINA – Outro destaque da Romaria dos Mártires desse ano foi a homenagem aos moradores em condição de rua, mortos na madrugada do dia 27 de dezembro último, defronte o centro de atendimento social POP da Prefeitura de Rondonópolis, na Avenida Bandeirantes.
O local foi propositalmente colocado no percurso da caminhada e a chacina foi lembrada em uma emocionante homenagem preparada pela Pastoral da Pessoa em Condição de Rua. “São pessoas que morrem injustamente; que não tinha cometido nenhum delito; simplesmente estavam ali na rua, já em condição precária; hoje nós fizemos memoria porque essas são pessoas que se unem a Cristo, que também sofreu martírio e foi injustamente condenado e assassinado”, comentou o bispo.


A romaria foi encerrada, após benção final da missa, com a distribuição de pães abençoados aos presentes que participaram da Missa de Encerramento.

Texto: Nilton Mendonça – Pascom Diocesana