A equipe indigenista diocesana que atua com o Povo Boe-Bororo reuniu-se no dia três (03) de fevereiro de dois mil e vinte e quatro iniciando às oito horas, no Centro Pastoral-CEPA, diocese de Rondonópolis/Guiratinga, juntamente com o bispo Dom Mauricio Silva Jardim. A reunião aconteceu com o objetivo de tratar de vários assuntos e elaborarmos o Planejamento para o Ano de 2024. Inicialmente houve a oração conduzida pela equipe Rondonópolis/CIMI –MT. O Evangelho de Mc 6,36 “ Jesus viu, teve compaixão e começou a ensinar”, para orientar nossa ação, foi proclamado pela Irmã Valdina Tambosi. Houve a apresentação da pauta pelo Mestre Mário que segue abaixo:
1 – Oração.
2 – Apresentação.
3 – Breve Informe, apresentado pelo Mestre Mario, de acordo com as atividades do segundo semestre de 2023.
4 – “Sonho com a criação de uma Paróquia Boe Bororo.” (Dom Maurício)
5 – Curso de Teologia para Leigos e os Boe-Bororo.
6 – Catequese nas Aldeias.
7 – Como reforçar as equipes.
8 – Programação 2024.
9 – Assuntos vários: Veículo; Atendimento na aldeia do Perigara; Indígenas Urbanos; Cantos Litúrgicos Boe. Após a oração, padre Lauri assumiu a Coordenação da reunião com o consenso de todos. Continuamos com o ponto número dois, Apresentação dos participantes: dentre o grupo estavam o Padre João Bosco e a Irmã Jaqueline (os dois africanos conhecendo a diocese); os três padres: Aladim, Erivelton, Lauri; Dom Maurício, Mestre Mario, Irmã Valdina Tambosi, Silvia, Seminarista Rafael, Diácono Luan, Paulo Otávio e esposa Sandra, Augusto e esposa, Luciana Rezende, Laila, filha da Luciana, José Nelson irmão da Silva. Sobre o sonho de uma Paróquia Boe Bororo, Dom Maurício explicou que ele sonha com uma Paróquia Indígena, no jeito que viu na Aldeia Meruri. Ficou definido de se formar uma equipe para ir até a Aldeia Meruri, para uma escuta, observação e ver in loco a realidade de documentações e organização para se ter um norte para esta possibilidade de criação. Definiu-se que uma equipe para essa atividade juntamente com Padre Erivelton, na data de 01/05/2024, sairá as 4:00 da matina rumo à Aldeia Meruri para fazer esta visita de escuta. Mestre Mario também deu sugestão de podermos ouvir o Padre Eloir (Salesiano) que também tem uma experiência neste sentido e poderá contribuir. Ficou uma equipe composta pelo bispo, Mestre Mário, Silva e Padre Erivelton para fazerem esta articulação e incluir Padre Eloir. Seguindo a pauta, foi tratado sobre o Curso de Teologia para Leigos. Teremos a participação dos Indígenas Boe. Mestre Mario contextualizou antes o Curso de Formação de Agentes Indígenas Boe Bororo, que aconteceu em quatro etapas antes do Covid com a participação de representantes de todas as aldeias. Percebemos que teve boa participação, mas não muita continuidade de atuação dos agentes nas aldeias ficando somente três Indígenas atuantes: Valdomira Koge e Sebastião Tororeu, Aldeia Córrego Grande e a Juscicleide – Aldeia Tadarimana. Agora, substituindo o curso dos Agentes Boe-Bororo de catequese, os Indígenas irão participar do curso de teologia para leigos. Já temos os inscritos e precisamos ver como eles vão chegar sexta-feira à tarde e retornar para as aldeias após terminar o curso aos domingos à tarde. Curso com nove etapas, sendo uma por mês. Após as discussões ficou definido o transporte da seguinte forma: São Lourenço de Fátima –Aldeia Córrego Grande, o Sr. Augusto vai buscar 4 pessoas na sexta-feira, a Luciana vai levar de volta e abastecer com o restante do recurso da CF /2023, após o almoço de domingo. Piebaga e Arareao: o senhor Mizuta, busca e leva de volta 03 participantes; Tadarimana, se organizando para vir no carro da Prefeitura de Rondonópolis, que irá buscar e levar de volta 4 pessoas. Os participantes irão se hospedar e alimentar na local CEPA. Dom Maurício, lembrou que para cada participante terá direito de uma bolsa de R$ 100,00 para pagamento de cada etapa do curso. Outro assunto tratado foi sobre o atendimento na Aldeia Tadarimana. O bispo Dom Maurício disse que o Padre Artur não consegue mais atender esta aldeia devido aos inúmeros compromissos. O Padre Aladim Loureiro ficou de atender na medida do possível. O bispo ficou de verificar com o Padre Volnei a disponibilidade de ajudar também. Na Aldeia Córrego Grande o atendimento será pelo Padres Lauri e o Diácono Luan; A aldeia Piebaga terá o atendimento do Padre Erivelton de Almeida Postil e o Diácono Rafael. Outro assunto tratado também foi sobre a Catequese nas aldeias. A Luciana disse que os missionários/as leigas/os vão uma vez por mês nas aldeias para esse atendimento. Ela acrescentou que onde os indígenas podem ser catequistas pode ter uma vez por semana. A Catequese iniciará em fevereiro. Mestre Mário disse que as equipes procurem sempre inserir os Indígenas nas equipes para fazer a ponte com a cultura e sempre combinar e comunicar às lideranças. Silvia disse que na Aldeia Córrego Grande as mães já estão pedindo para que seja marcada a data para os Batismos e 1ª Eucaristia. O bispo pediu para que o Padre Lauri já deixe agendado para o mês de Abril e ele agendou conforme a sua disponibilidade para o dia 13/04/2024 pela manhã. Silvia disse que as inscrições para Batismos e Primeira Eucaristia Eucaristia na Aldeia Córrego Grande serão no período de 08 a 14/02/2024, logo após o início das palestras dos Batizando e Catequese para as crianças da Primeira Eucaristia. Em seguida, iniciamos a programação das nossas reuniões. Mestre Mario lembrou que em nossas reuniões devemos inserir um tema Boe para que possamos ir conhecendo e aprofundando mais sobre a cultura Boe Bororo. Continuando, conseguimos marcar algumas datas: 2º Encontro da Equipe Indigenista: Dia 08/05/2024; 3º Encontro da Equipe Indigenista: 04/09/2024. Nos assuntos diversos: A questão de Veículo para atender as Aldeias. Padre Erivelton tem a proposta de Projetos para dois carros para atender as Aldeias, pois a Toyota atual tem pouco espaço. Mas Dom Mauricio, disse que já solicitou R$:200.000,00 para a aquisição de uma carro cabine dupla para atendimento da Equipe Indigenista. Visita à Aldeia Perigara de 27 a 30/09/2024. Quanto à equipe, Dom Mauricio disse ter conversado com o Arcebispo Dom Mário de Cuiabá sobre o atendimento desta aldeia em território da diocese de Cuiabá. Dom Mario lhe respondeu que não tem equipe formada para atender esta aldeia, então, que a diocese de Rondonópolis continue com este atendimento. Ele gostaria que a diocese lhe encaminhasse um documento escrito para que ele possa respaldar este atendimento através da Diocese de Rondonópolis/Guiratinga. Ficou de o Padre Erivelton elaborar este documento o quanto antes e se possível até segunda-feira entregar ao dom Maurício para que ele possa encaminhar ao Dom Mario arcebispo de Cuiabá. Sobre os Cantos Litúrgicos enfatizamos que aos poucos devemos valorizar a liturgia e também os cantos culturais Boe-Bororo conforme o que temos no livrinho da diocese. O Sr. Augusto ficou de verificar sobre os cantos. Antes de terminar o Mestre Mario lembrou que a equipe não trabalha somente nas celebrações litúrgicas mas também na defesa dos direitos indígenas, no apoio às associações de mulheres que estão surgindo, na subsistência destacando a plantação de frutíferas e distribuição de sestas básicas às famílias mais carentes e época dos grandes rituais coletivos, na participação de numerosas reuniões, na assessoria à educação indígena e incentivando em tudo o protagonismo indígena. Assim concluímos a nossa pauta, não tendo mais nada a tratar deu-se por encerrada a reunião que eu, Silvia Maria Valentim Pinheiro, relatei, datei e assinei.
Sílvia Maria Valentim Pinheiro Enaureudo.
