O AMOR DO PAI
Estamos meditando o sermão de Jesus a seus discípulos, no Evangelho de Mateus (5, 1-13), Jesus está com seus discípulos no alto da montanha, e profere seus ensinamentos e exortações aos que o seguem. Aqui no Evangelho de Lucas, Ele desce da montanha, e de um lugar plano começa a ensinar seus discípulos.
Depois de dizer sobre as bem-aventuranças e exortar aos discípulos a respeito dos falsos profetas (leitura do Domingo passado), hoje Jesus nos convida a meditar sobre o mandamento do amor. Nos faz refletir sobre a medida do amor que devemos ter uns pelos outros, pois “com a mesma medida com que medirdes os outros, vós também sereis medidos”. É preciso trazer em nossos corações o exemplo do amor de Cristo por nós e a experiência que a humanidade tem com relação ao amor de Deus: “Deus Tanto amou o mundo, que entregou seu Filho único, para que quem crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (J0 3,16). Neste texto de João, vemos a medida do amor de Deus por nós, capaz de doar seu próprio Filho, e compreendemos que crer no Filho de Deus é o caminho para receber a vida em plenitude.
Receber a vida eterna, é a esperança que alimenta os discípulos para seguirem os passos de Jesus. A fim de conduzi-los por este caminho, Jesus os alerta sobre os perigos do egoísmo, de amar apenas quem os ama, de buscar reciprocidade nas relações humanas, enfim, se não tiverem a capacidade de um amor puro e verdadeiro, capaz de gerar vida, de formar comunhão, não poderão ser chamados discípulos do Senhor. De tal modo, deixemos ser levados pelo coração acolhedor de Jesus, e que possamos formar em nossas famílias e comunidades um espírito fraterno que nos sustenta em nossa missão de caminharmos ao encontro do Senhor em seu Reino.
E recordando outras palavras de Jesus: “Nisso conhecerão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros” (Jo 13, 35). O Espírito do Senhor esteja conosco para nos iluminar e colocar em pratica estes ensinamentos de salvação, e que possamos nos nutris da Palavra de Deus e da Sagrada Eucaristia neste domingo santo.
Pe. Arthur Moreira Brito
