18 de Maio – Dia Nacional de Combate e Enfrentamento ao Abuso e a Exploração Sexual Contra crianças e Adolescentes

A Pastoral da Mulher Marginalizada é uma pastoral social que há mais de 60 anos atua em âmbito nacional, está ligada ao Setor de Pastoral Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e é designada pela sigla PMM. Possui três frentes de ação: Enfretamento e combate à exploração e abuso sexual de crianças e adolescentes; Enfrentamento e combate ao tráfico de pessoas e Atendimento às mulheres em situação ou em risco de prostituição.

Iniciou suas atividades na Diocese de Rondonópolis Guiratinga há 26 anos, e desde o principio tenta ser uma presença solidária e profética junto a estas mulheres, adolescentes e crianças que percebem que seus gritos não encontram ECO na maioria esmagadora da sociedade brasileira e com muita tristeza este ECO não ecoa também para a maioria dos nossos cristãos.

 Para as /os agentes da PMM as violações de Direitos Humanos caracterizadas nas frentes de ação desta pastoral são crimes. Esses crimes são praticamente invisíveis visto que,  estas mulheres, adolescentes e crianças  dificilmente são percebidas pela sociedade de forma geral, por isso a PMM dedica-se ao trabalho exclusivo e direto nestas áreas de atuação, possibilitando fazer o enfretamento a esses males e trazer presente essas mazelas sociais, buscando que as vítimas destes crimes sejam tratadas como sujeitos sociais de direitos e deveres.

Hoje discorreremos sobre o abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, um crime que machuca e destrói diariamente a infância de centenas de delas. Segundo estudiosos da psicologia as marcas sofridas pela vitimas do abuso e da exploração sexual, serão levadas para toda sua existência.

Dados do Disque 100 em 2018 foram realizadas 17.093 denúncias, sendo 13.418 sobre abuso sexual e 3.675 sobre exploração sexual. Estes números por si só são assustadores, porém, se levarmos em conta que apenas 10% dos casos são denunciados ficaremos estarrecidos, ou deveríamos ficar.

Segundo dados do Ministério da Saúde 72% das pessoas abusadas são menores de 18 anos, destes 18% com menos de 5 (cinco) anos e 22% de 6 a 11 anos, ou seja,  40% das vítimas tem até 11 anos.

Diante destes dados, reflitamos: o que fazer? Continuar achando que este crime nunca chegará até nós? Que este é um problema das esferas políticas? Que não podemos fazer nada diante da magnitude do problema? A PMM quer esclarecer que todos/das nós somos responsáveis pelas dores sofridas pelas vítimas do abuso e da exploração sexual, assim, cabe a cada uma e a cada um buscar seu espaço nesta luta que é de todos.

Segundo estudiosos de diversas áreas a prevenção é um caminho essencial, porém ainda é com dificuldade que este assunto é abordado, quando é abordado. Faz-se relevante ressaltar que a maioria esmagadora dos agressores são parentes próximos e os mais de 70% dos casos ocorrem dentro da residência da vítima. O abuso ocorre em todas as classes sociais, culturais e econômicas, portanto, devemos conhecer este universo, para defender nossas crianças e adolescentes, NINGUÉM É IMPARCIAL, VOCÊ FICA AO LADO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE E DENUNCIA OU FICA AO LADO DO CRIMINOSO E SILENCIA.

FAÇA BONITO, DEFENDA NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESNENTES.

 

 

Maria Roselly R. P. Cândico – Agente da PMM – Equipe Renascer