Domingo de Ramos celebrado nas Paróquias

                                                              EM TEMPO DE CORONAVÍRUS

 

Levando em consideração o Decreto 154/20 da Congregação para o Culto Divina e a Disciplina dos Sacramentos, da Santa Sé, em Roma, como também as normativas da Conferência Episcopal dos Bispos do Brasil – CNBB, dado a impossibilidade de celebrações presenciais, na diocese de Rondonópolis Guiratinga, o Domingo de Ramos foi celebrado com muita profundidade em comunhão com o silencio sobre o mundo, uma vez que enfrenta a pandemia Covid-19.

            Assim o bispo Dom Juventino orientara as paróquias e comunidades da diocese: “Sejam realizadas em todas as Paróquias as celebrações da Semana Santa sem a presença do povo, somente com a presença dos ministérios necessários para as celebrações, observadas as normas do distanciamento ou isolamento social. Onde seja possível, que estas celebrações sejam transmitidas ao vivo pelos meios de comunicação existentes na paroquia com adequada divulgação aos fiéis para participarem em seus lares e manterem-se unidos a sua Igreja”, com o pedido que “os fiéis que coloquem ramos na porta ou no portão de sua casa”.

            Realmente os fiéis católicos aderiram a esta sugestão e as paróquias, das mais variadas formas, celebraram o domingo de Ramos, através da bênção à distancia, ou  passando os carros em frente à Igreja Matriz, levando o Santíssimo para as ruas juntamente com os ministros que abençoando Ramos.

Há depoimentos lindos de famílias rezando, unidas diante da TV, participando da missa, outras através do Facebook das paróquias, outras rezaram um teço, outras a via-sacra, outras leituras bíblicas, outras utilizaram o livro de Grupos de Família elaborado pela diocese, outras rezaram orações devocionais, ladainhas, ofício de Nossa Senhora… De certa maneira concretiza-se a Igreja doméstica, a redescoberta da vivencia da fé, da religião, da caridade, da solidariedade a partir da família.Eles eram perseverantes no ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações” nos relata Atos dos Apóstolos (At 2, 42)

A CNBB, através das Diretrizes Pastorais (2018-2023) apropriam da imagem da casa, como exemplo: CASA como espaço de um lar, de uma família – lugar de comunhão: É criar laços que se constroem com gestos simples, diários e que todos podem realizar. Casa é lugar de proximidade relacional entre as pessoas. Dai a importância da Igreja se fazer presente nos locais onde as pessoas vivem. E fazer das comunidades eclesiais missionárias espaço que permite ingresso, o acolhimento e a missão -Igreja em saída. Casa – portas abertas que acolhem e abertas para sair em missão. A comunidade eclesial é missionária e toda missão se alicerça na vida de comunidade.

A casa foi um dos lugares privilegiados para o encontro do diálogo de Jesus e seus seguidores (Mc 1, 29). Jesus tinha estilo de vida itinerante. Com os discípulos se reuniam em casas. O pequeno grupo escutava a Palavra e respondia pela vivência da comunhão e da missão. Criava-se novo relacionamento entre as pessoas. A reunião acolhia gente pobre e de maior condição econômica; caracterizava-se pela solidariedade. Um exemplo dessas casas é a de Priscila e Áquila (1Cor 16, 19)

A casa proporcionou o cristianismo de seguimento de Jesus, formando pequenas comunidades, em que as pessoas se conheciam e compartilhavam a mesa. Seu testemunho de comunhão dava credibilidade. Sua fidelidade se exprimia na obediência ao ensinamento dos Apóstolos, na liturgia celebrada, no serviço da caridade, no testemunho de fé e esperança no Reino anunciado por Jesus.

 

Assim a Casa se tonava Espaço do Encontro. “Nossas comunidades precisam ser oásis de misericórdia, casas de oração, de mergulho no sagrado. Lugares de encontro com Deus. O encontro com Deus se dá na celebração cheia de vida, no silêncio que permite escuta, na harmonia que revela a beleza de Deus. O encontro com Deus é intermediado pelo encontro com o irmão. O encontro com Deus e com os irmãos é espaço de santificação. A família merece atenção renovada. Ela é o ponto de chegada para nossa ação pastoral e ponto de partida para a vida comunitária mais ampla” (cf Diretrizes Pastorais das CNBB)

Depoimentos: “Aqui fomos nas capelas sábado a noite abençoar os ramos, hoje, domingo as sete comunidades abertas e os fies buscaram os Ramos e cada um levou um quilo de alimentos para os necessitados. Foi ótimo.  Domingo de Ramos diferente. Mas, muito gratificante. Padre Milton e eu saímos para abençoar  as casas com Ramos nas porta e portões em Juscimeira e nos principais distritos nossas Paróquias: Bom Jesus e Nossa Senhora de Fátima. Quanta emoção e quanta fé do nosso povo”, revela Padre Lauri. “Já arrumei meu Altar em frente à minha casa para o domingo de Ramos. Que Deus tem misericórdia de nós e do mundo inteiro” escreve Lidiney Almeida

            A celebração do Domingo de Ramos marca o início da Semana Santa na Igreja Católica. A celebração do domingo de Ramos é um reconhecimento de que Jesus é o Filho de Deus.  Hosana. Bendito aquele que vem em nome do Senhor. As comunidades levam ramos de palmeiras e oliveiras para celebrar a Entrada de Jesus em Jerusalém, por isso a Igreja canta: Triunfal. “Bendito o que vem em nome do Senhor. N’ele encontramos a nossa salvação”.

 

Pastoral da Comunicação- Pascom

Diocese de Rondonópolis-Guiratinga