Assembleia Diocesana de Catequese

EM FÁTIMA DE SÃO LOURENÇO 

Nos dias 23 e 24 de novembro de 2019, oitenta e sete coordenadores e coordenadoras de Catequese de Iniciação à Vida Cristã, catequese com batismo, noivos e adultos das 22 paróquias se reuniram na Casa de Encontro em Fátima de São Lourenço para a realização da Assembleia Diocesana de Catequese.

Os documentos da Igreja insistem em uma organização da Catequese em nível diocesana, em formação e qualificação de coordenadores, em renovar a catequese em especial nos moldes da Iniciação à Vida Cristã. O encontro se realizou com oito momentos significativos:

No primeiro momento realizou-se o rito de acolhida dos participantes. A Catequese de Iniciação à Vida Cristã tem um rito de acolhida e ou de inscrição. Acolher, inscrever, ajudar a fazer um processo, sentir-se membro, participante, integrante e encontrar o sentido do “pertencimento” a uma comunidade de fé.

No segundo momento os participantes, acolhidos, fraternos participaram da celebração da Palavra como rito de abertura. Para a catequese de iniciação à vida cristã, a oração, a leitura orante, os ritos celebrativos, a invocação do Espirito Santo, a oração participada é de fundamental para o cultivo da espiritualidade e motivação para a missão.

Em seguida, no período de uma hora e meia, dom Juventino aprofundou o tema: Tema: “A mistagogia como caminho de conversão, perseverança e inserção na comunidade eclesial”. O bispo utilizou-se de diversas dinâmicas criativas para explanar um texto elaborado com quatro páginas. Destacou algumas insistências: Iniciar… no caminho de pertencimento. O movimento de quem está a caminho, que se põe a caminho, que faz o caminho, percorre o caminho de Jesus Cristo. Uma pessoa discípula, aprendiz, seguidora Iniciação à Vida Cristã! Ser iniciado na vida de Cristo, no modo de viver de Cristo. Conhecer e seguir seus passos. É um nascer, renascer e conascer. Iniciar o modo de viver que desperta para a plenitude, a plena maturidade. É Cristo que desperta e reveste da vida nova, e a pessoa que dele vive, acompanha o iniciante em seu itinerário. Acompanhamento que possibilita que o Cristo seja tudo para o discípulo. Papa Francisco insistiu no Sínodo três palavras: Escutar-aprender e reaprender com as novas gerações, com as culturas.

O bispo insistiu também nos mergulhos: No mistério de Deus (Deus que se comunica a si mesmo e nos faz próximos), no mistério de Jesus Cristo (que se encarna na realidade humana). Somos seguidores de Jesus de Nazaré, vivo, morto e ressuscitado, mistério da Igreja (a fé vivida na comunidade, na partilha, na comunicação, no encontro com o outro/a, na escuta, na renúncia), no mistério da vida (o belo da vida, comunicação de Deus através de nossos pais, mas a vida como existência, como desafios; Mas Deus continuamente nos pergunta: “Onde está teu irmão? Quem é meu próximo, lavou os peso, ide dois a dois, dai-lhe vós mesmos de comer…,), Mistério e chamado da missão (chamado permanente e compromisso)

Clareou também a proposta das Diretrizes da CNBB: A Igreja está reaprendendo a ser missionária. Escutar, rezar juntos, construir projetos juntos. Diretrizes: quatro pilares: pilar da Palavra (iniciação da vida cristã), pilar do pão (liturgia e espiritualidade), pilar da caridade (serviço à vida plena), pilar da ação missionária (estado permanente de missão).

Ícone do Pilar da Palavra: com ênfase à Iniciação à vida cristã e animação bíblica na pastoral. Maior presença da Palavra de Deus nas liturgias, celebrações, na catequese, na família. Palavra que alimenta, dá vida, esperança e fortalece a fé. Fortalecer a leitura da Palavra nas comunidades.

Pilar do Pão: liturgia e espiritualidade, liturgia é o coração da comunidade. Incentivar a pastoral litúrgica; valorizar o ministério da celebração da Palavra de Deus; cuidar da qualidade da música litúrgica.

Pilar da caridade: A serviço da vida, promover a solidariedade com os sofredores nas cidades. Priorizar as ações com as famílias e com os jovens, como resposta concreta aos sínodos da família (2014 e 2015) e da juventude (2018). Aguçar a atenção às inúmeras e novas formas de sofrimento e exclusão Integrar o contato com a Palavra de Deus.

Pilar da ação Missionária: Encorajar o laicato a continuar o empenho apostólico, inspirado na Doutrina Social da Igreja, pela transformação da realidade a partir do engajamento consciente em todas as realidades temporais: política partidária, pastorais sociais, mundo da educação conselhos de direitos, elaboração e acompanhamento de políticas públicas, o cuidado da natureza e todo o planeta,

E concluiu sua explanação enfocando que é preciso olhar dos feridos da cultura, da revolução sexual, da perda de sentido para a vida, da pobreza e injustiça. O bispo, o padre, o ministro/a, o catequistas… é um cuidador dos feridos e não abridor de mais chagas. Para ser cuidador requer presença efetiva e afetiva com o povo para criar cultura do encontro, do diálogo, da escuta e abertura ao outro/a. O diálogo é um respiro do coração.  O diálogo produz a sabedoria para discernir. Só quem escuta é capaz de entender o outro. Que a assembleia seja um resultado da nossa participação, empenho e vontade de acertar.

E finalizou: O que fazer? Não há uma receita. Papa Francisco no final do Sínodo nos disse “avançar, fazer desabrochar”. Uma pétala de rosa é bonita, mas se ela não desabrocha, ela não gera nova vida. Buscar caminhos. Inteirar-se dos métodos, da linguagem que interessem ao adolescente e jovem de hoje.

No quarto momento significativo e celebrativo realizou-se à noite após o jantar. Em círculo todos ficaram por um tempo na plena escuridão. A vela missionária foi acesa. Com orações e motivações quatro pessoas acederam as velas que por sua vez foram acender as veras de mais quatro pessoas dizendo um palavra de esperança e assim até que os 87 participantes estarem com a cela acesa. Rito seguinte cada um foi ao encontro de um coordenador/a e partilhou a experiência que estavam vivendo. O rito seguiu com a entrada da Imagem de Nossa Senhora. Todos ergueram as vela e saudaram Maria, a mãe de Jesus e nossa mãe. E para finalizar todos foram ao corredor da casa onde estavam expostas as atividades do ano de cada paróquia. E ai olhando o material, as fotos, cada um recebia um doce e partilhavam pipoca num clima de proximidade e de alegria.

Na manhã do domingo no quinto momento, Silvia Maria Valentim, missionária indígena apresentou a cultura, a ritualidade e a educação da fé entre os povos indígenas que despertou muita motivação e desejo de conhecer esse trabalho missionário. Um sexto momento os participantes de organizaram por Forania para realizar o planejamento do ano de 2020, seguido de planária. Num sétimo momento, foram assumidos os compromissos, feita a avaliação e agradecimento à coordenação diocesana de catequese que assumiu a condução da assembleia. E no oitavo momento, já na capela do Centro de Formação, a assembleia participou da missa do dia de Cristo Rei e no final assumiu o compromisso de cuidar da catequese, de avançar na Iniciação à Vida Cristã, de aprofundar o sentido da catequese conforme o ano litúrgico e de olhar mais a realidade dos catequizamos, seus caminhos e conflito.

A assembleia foi um momento expressivo da cainhada da Igreja na diocese, Agradecimento à equipe diocesana de catequese, aos párocos que enviaram as/os coordenadores paroquiais de catequese e a cada participante.

Pastoral da Comunicação – Pascom

Diocese de Rondonópolis-Guiratinga

 

Obs: as demais fotos, estão postadas na página do faceboock Diocese Rondonópolis – Guiratinga