Nossa diocese tem linda história de catequistas dedicados à missão de evangelizar. Quanta doação de vida, quanto testemunho. Quanto ensinamento. Quantas pessoas vivem hoje a experiência da fé por causa da presença dos catequistas.
A comunidade não dispensa a figura do catequista, ao contrário: em função do papel da comunidade na catequese de iniciação à vida cristã, e motivado pelas transformações sociais, religiosas, comportamentais e culturais do nosso tempo, estamos descobrindo um novo tipo de catequista: alguém que, integrado na comunidade, conhece bem sua história e suas aspirações e sabe animar e coordenar a participação de todos. De profunda espiritualidade, falará pelo exemplo e pelas palavras que profere. É tarefa do/a catequista apresentar os meios para ser cristão e mostrar a alegria de viver o Evangelho. Catequizar é comunicar. O catequista comunica mediante o testemunho, a palavra e o culto, ensino o Documento Catequese Renovada.
O catequista vive sua experiência cristã e sua missão dentro de um grupo de catequistas, que dará continuidade à formação e oferece oportunidade para a oração em comum, a reflexão, a avaliação das tarefas realizadas, o planejamento e a preparação dos trabalhos futuros. Assim, o grupo de catequistas expressa mais visivelmente o caráter comunitário da tarefa catequética. O/a catequista, na sua experiência de fé atinge o coração (sentimento, emoção), a mente (a compreensão, o entendimento) e o comportamento (mudança de vida, novo rumo para a vida, inserido na comunidade, seguidor de Jesus Cristo). A catequese é um ato essencialmente eclesial. Um serviço indispensável, essencial e insubstituível. Os catequistas são generosos. Oferecem seus serviços e seu tempo em espírito de gratuidade. Exercem este ministério com responsabilidade da comunidade, ensinam os documentos da Igreja,
Catequistas são mulheres, homens, jovens, cadeirantes, anciãos e adolescentes que descobrem, na experiência de fé e na inserção na comunidade, a vocação de catequista. Vocação que nasce do Sacramento do Batismo, fortalecida pela Confirmação, alimentada pela Palavra, pela caridade, pela Eucaristia. É o/a catequista que vai ajudar a fazer a experiência cristã, a descobrir Jesus Cristo na vida e a viver a vida cristã na comunidade. Ajudar as fazer o processo de iniciação à vida cristã. A Igreja necessita de catequistas imbuídos de profundo sentido religioso, com experiência madura da fé e com forte sentido de Deus. A missão primordial da Igreja é anunciar Deus e ser testemunha Dele diante do mundo. O/a catequista deve ser capaz de dar testemunho de sua fé em Deus e de responder à inquietude mais profunda do coração humano: a sede de Deus, de sentido para a vida, de experimentar a fé. Firmes em suas convicções cristãs, que sejam capazes de educar as crianças, os jovens e os adultos para que saibam professar sua fé, dar razão a sua esperança, comunidade. Para realizar esta catequese evangelizadora a Igreja precisa de catequistas com olhar de fé sobre o mundo, para perceber os sinais da ação do Espírito Santo. Necessita de catequistas que acreditam na catequese capaz de atingir o coração das pessoas. Catequistas capazes dialogarem com pessoas as quais vão irradiar o amor e a bondade de Deus. Necessita de catequistas que caminham junto com as pessoas; catequistas de esperança, paciência e alegria.
Ao celebrar o dia dos catequistas agradeço a cada catequista o testemunho de vida, empenho na missão e a dedicação em favor da Igreja. Obrigado catequistas.
Dom Juventino Kestering
Bispo de Rondonópolis-Guiratinga
