A VIOLENCIA CONTINUA

 

A ONG Global Witness, divulgou no dia 20 de junho de 2016 o relatório “Em Solo Perigoso” dados alarmantes “o país mais uma vez no topo do ranking de assassinatos violentos provocados por disputas de território rural. No ano passado, 185 pessoas morreram em situações de violência no campo em todo mundo – o número é 59% . Só no Brasil, foram 50 – os Estados mais violentos são Rondônia e Pará, com 20 e 19 mortes, respectivamente. No relatório, a Global Witness alerta para a falta de investigação de crimes relacionados a conflitos de terra no Brasil e pede maior proteção a ativistas da causa.

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Vitimas

40% das vítimas contabilizadas em todo o mundo eram indígenas, afirma o relatório da Global Witness. “O frágil direito à terra e o seu isolamento geográfico fazem com que esse grupo seja um alvo frequente da apropriação ilegal de terras e de recursos naturais”, afirma o documento. A ONG coloca como principais responsáveis pelas mortes no campo a indústria de minérios (responsável por 42 assassinatos), o agronegócio (responsável por 20), a extração de madeira (responsável por 15) e as usinas hidroelétricas (responsável por 15).

Na conclusão do relatório, a Global Witness faz um apelo para que os países que aparecem na lista tomem medidas urgentes para combater a violência no campo. Entre elas:

– “Aumentem a proteção de ativistas ambientais que correm riscos de violência, intimidação ou ameaças;

– Investiguem os crimes, incluindo seus idealizadores corporativos e políticos, assim como os assassinos, e apresentem os autores à Justiça;

– Apoiem o direito de ativistas de dizer não a projetos em suas terras, e assegurem que as companhias busquem o seu consentimento prévio;

– Solucionem as causas subjacentes da violência contra defensores (as), reconhecendo formalmente os direitos das comunidades a suas terras e combatendo a corrupção e as ilegalidades que assolam os setores de recursos naturais”.

 

Síntese do Relatório, a Global Witness