Reflita: “CHAMADOS (AS) À SANTIDADE”

 

Ó Pai somos nós o povo eleito, Que Cristo veio reunir… pra ser Igreja peregrina! Aleluia! O Senhor nos enviou Aleluia!

A nossa Igreja tem a sua beleza de organização litúrgica, favorecendo o crescimento e contínua participação de cada pessoa que dela se aproxima. No decorrer do ano, foram vários santos e santas conhecidos ou não que celebramos, e dentre as santas, destaco com carinho a grande festa da Padroeira do Brasil: Nossa Senhora Aparecida, celebrada com Missa e muitas outras devoções populares. No dia 01 de novembro, temos a festa de todos os santos e santas,  –  uma festa móvel quando não cai no domingo. Recordamos novamente todos os santos (as) de nossa devoção, mas também, é um dia de todos nós batizados, refletir sobre nossa vida. Você também é chamado/a à santidade.

Desde o início da criação, Deus nos criou à sua imagem e semelhança. (Gn1,26). Quando nasce um bebê, a vizinhança diz: ‘Comadre deu a luz’. Então nascemos da Luz, somos chamados a ser luz e luz que brilha, alumia,  irradia para o mundo. Na trajetória da vida, essa luz vai ofuscando, moldando, precisando de outra ‘cera’, para não se apagar. Em outros momentos, oferecemos do nosso “azeite” para que também as outras luzes não deixem de brilhar; é dessa variedade de ‘azeite’ que Jesus nos fala no Evangelho de Mateus 5,1-12.  As Bem-aventuranças. São oito anúncios, uma completa a outra. Vou citar apenas três:

  1. Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus. Recordo aqui, a generosidade da viúva de Sarepta ao profeta Elias. Partilhou todo seu alimento (1Rs. 17,7-16) e houve o milagre da farinha e do óleo.
  2. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. Trago presente a humilde rainha Ester, que rezou muito e enfrentou o rei seu esposo pedindo para salvar o seu povo. (Est.5,1-3.7,3)
  3. Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Todos nós conhecemos a parábola do grande pai que esperou e perdoou o filho mais novo, o qual pediu sua herança, saiu de casa e voltou como um mendigo (Lc 15,11-32). O doc. Ad Gentes, nos diz: ‘Onde quer que Deus abra uma porta à palavra para proclamar o mistério de Cristo a todos os homens, com confiança e sem cessar anuncie-se o Deus vivo e Aquele que enviou parar a salvação de todos, Jesus Cristo’(n.13) O doc. Da CNBB 102, nos diz em seu primeiro capítulo – ‘A Igreja vive de Cristo – como afirma o Papa Francisco, a melhor motivação para se decidir comunicar o Evangelho é contemplá-lo nas suas páginas e lê-lo com o coração’ (n.4).

A santidade é uma conquista, é um exercício do cotidiano nas nossas relações entre partilhar, servir e perdoar. É ensaio de conversão no dia-a-dia e alegria de perdão. Mas é também dom que vem de Deus, dádiva de sua bondade. Somos uma Igreja peregrina. Àquela canção nos entusiasma e nos anima a não desistir: “Somos gente de esperança, que caminha rumo ao Pai, somos povo da aliança, que já sabe aonde vai… De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais”. Todos nós temos uma pouco do humano e do divino. Na obediência e humildade, resplandece o rosto de Deus em nossa face. Aproximando do humano e sabendo acolher o humano, aproximamos também do divino.

 

Irmã Ida Faria

Irmã Catequista Franciscana