Mensagem aos presbíteros e diáconos

DIOCESE DE RONDONÓPOLIS-GUIRATINGA
 Rondonópolis, 31 de julho de 2015

 

Estimados irmãos presbíteros e diáconos,

Neste dia do padre agradeço o espírito de fraternidade e de presbitério que vivemos entre nós. É um presbitério de valor dado que temos padres de várias idades, países e culturas. O compromisso com o exercício do ministério a serviço da Igreja na diocese de Rondonópolis-Guiratinga é a marca de cada presbítero.

Nestes últimos anos fomos agraciados com ordenações e os novos padres já somam a maioria do presbitério. Assumem com alegria e disposição o ministério a eles confiados somando com aqueles que a longos anos se dedicam nesta diocese com amor, carinho e doação. Por tudo isto, rendo graças a Deus e os coloco sobre a patena como oferta pela dedicação com que exercem o ministério.

Papa Francisco tem palavras especiais aos presbíteros: “A homilia é o ponto de comparação para avaliar a proximidade e a capacidade de encontro de um Pastor com o seu povo. De facto, sabemos que os fiéis lhe dão muita importância; e, muitas vezes, tanto eles como os próprios ministros ordenados sofrem: uns a ouvir e os outros a pregar. É triste que assim seja. A homilia pode ser, realmente, uma experiência intensa e feliz do Espírito, um consolador encontro com a Palavra, uma fonte constante de renovação e crescimento. Lembra-nos que a Igreja é mãe e prega ao povo como uma mãe fala ao seu filho, sabendo que o filho tem confiança de que tudo o que se lhe ensina é para seu bem, porque se sente amado. Além disso, a boa mãe sabe reconhecer tudo o que Deus semeou no seu filho, escuta as suas preocupações e aprende com ele. O pregador deve também pôr-se à escuta do povo, para descobrir aquilo que os fiéis precisam de ouvir. Um pregador é um contemplativo da Palavra e também um contemplativo do povo. Desta forma, descobre “as aspirações, as riquezas e as limitações, as maneiras de orar, de amar, de encarar a vida e o mundo, que caracterizam este ou aquele aglomerado humano”, prestando atenção “ao povo concreto com os seus sinais e símbolos e respondendo aos problemas que apresenta” (cf EG 135 a 154)

Celebramos neste mês vocacional a festa de São João Maria Vianney. Viveu como pároco, na pequena vila de Ars, na França. Com amor e dedicação atendia o povo, especialmente a confissão e o aconselhamento. Com simplicidade pregava a Palavra de Deus e passava longas horas em oração. Ele chegou a Ars, em fevereiro de 1818, numa carroça, transportando alguns pertences e os livros que mais precisava. Treze anos depois, com seu exemplo e postura caridosa, mas também severa, conseguiu mudar a realidade da paróquia. O povo lotava a igreja. Queria confessar-se, para obter a reconciliação e escutar os conselhos daquele homem que eles consideravam um santo.

Na paróquia, fazia de tudo, inclusive os serviços da casa e suas refeições. Sempre em oração, comia muito pouco e dormia no máximo três horas por noite, fazendo tudo o que podia para os seus pobres. O dinheiro herdado com a morte do pai investiu na promoção dos pobres.

A fama de seus dons e de sua santidade correu entre os fiéis de todas as partes da Europa. Muitos acorriam para paróquia de Ars com um só objetivo: ver o cura e, acima de tudo, confessar-se com ele. Mesmo que para isto tivessem de esperar horas. Assim, o local tornou-se um centro de peregrinações.

O Cura de Ars, como era chamado, pouco pôde parar para descansar. Morreu serenamente, consumido, na noite de 4 de agosto de 1859, aos setenta e três anos de idade. Muito antes de ser canonizado pelo papa Pio XI, em 1925, já era venerado como santo. O seu corpo encontra-se na igreja da paróquia de Ars, que se tornou um grande santuário de peregrinação. São João Maria Batista Vianney foi proclamado pela Igreja Padroeiro dos presbíteros e o dia de sua festa, 4 de agosto, escolhido para celebrar o Dia do Padre. Como padre diocesano foi declarado santo e patrono dos párocos e dos padres que se dedicam ao trabalho pastoral nas paróquias.

Neste ano a diocese realiza as missões populares. É o nosso jeito de evangelizar de maneira mais intensiva, especialmente com as visitas às famílias, a organização dos grupos de família, o despertar de novas lideranças e a compreensão do que significa ser Igreja missionária. Um dos avanços na diocese são os diversos ministérios. Na oração das missões rezamos: “queremos ser uma Igreja ministerial, evangelizadora e servidora”.Certamente as Missões Populares vão abrir novas perspectivas para os próximos anos, pois à luz da Conferencia de Aparecida, da experiência de Igreja em Rondonópolis-Guiratinga e das Missões Populares se abrirão novos caminhos evangelizar nossas comunidades.

Agradeço aos presbíteros diocesanos, religiosos e diáconos pelo testemunho e dedicação. Desejo que este dia seja celebrado com muita alegria, entrosamento, partilha e fraternidade.

 

Presbíteros - Junho/2015
Presbíteros – Junho/2015

 

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