41ª Assembleia Regional do CIMI: “A realidade exige mudanças”

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Entre os dias 19 a 23 de julho de 2014, na Casa de Retiro em Fátima de São Lourenço – Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, acontece a 41ª Assembleia Regional do Concelho Indigenista Missionário (CIMI) com 43 representantes das dioceses de São Félix do Araguaia, Barra do Garças, Rondonópolis-Guiratinga, Juína e Cáceres. São padres, leigos e leigas, religiosos e religiosas que doam suas vidas em prol dos povos indígenas.  Estes Missionários estão inseridos nas aldeias das diversas etnias do Mato Grosso e uma vez ao ano se reúnem em assembleia, que é um tempo de reencontro, de reflexão, de espiritualidade, de avaliação da presença e ação junto aos Povos Indígenas. Este ano teve como tema: “A realidade exige mudanças”.

Na Celebração Eucarística de abertura Dom Juventino acolheu os missionários e missionárias, e ainda, assemb cimi 2015 012 (Medium)reforçou a importância do trabalho missionário junto ao povo sofrido. Também a assembleia compartilhou suas motivações para o encontro. Dois representantes da etnia Boe-Bororo marcaram  presença e o presidente do Conselho Comunitário da Aldeia Córrego Grande, Evaristo,  participou do rito da luz e, no ofertório, apresentou um fruto da natureza.

O segundo dia da assembleia iniciou-se com mística preparada pela equipe de Araguaia. Em seguida, apresentação da pauta e divisões de tarefas. Dom Juventino fez uma reflexão acerca do tema: Renascer de uma esperança, no qual pontuou: “o tema desta assembleia inquieta e alegra: ‘A realidade exige mudança’. Qual a realidade? Como está a realidade dos povos indígenas? Quais as esperanças que podemos arrancar o útero da terra, para continuarmos com ânimo em nossa missão? Onde fortalecer a nossa esperança? A pessoas humana, o planeta terra, a ecologia humana, no linguajar do Papa Francisco na encíclica “Louvado Seja”. Sem dúvida o Evangelho, o Reino a proposta de Jesus Cristo está no centro.  Luzes brilham, nascer teimoso do sol alimenta a esperança, sonhos são partilhados, um novo olhar, novas palavras. Palavras deixam de serem palavras quando tem o peso de pessoas, de vida, de dor, de esperança”.

assemb cimi 2015 111 (Medium)Ainda de manhã o assessor nacional do CIMI, Gilberto Vieira, conduziu a reflexão sobre a atual conjuntura que abrange  as questões indígena no Brasil. E após, os missionários se reuniram em  equipes para refletir e planejar ações.

A quarta feira seguirá com mística e discussões sobre questões do Regional e eleição da nova coordenação. As atividades do dia se encerrarão com  noite cultural e homenagem aos 50 anos de vida religiosa de Mestre Mário, Irmã Cleide e Votos perpétuo de Irmã Néia.

A assembleia se encerra nesta quinta feira com os encaminhamentos finais, leituras e aprovações das atas e documento final, além da avaliação do encontro e celebração de envio.

O Conselho Indigenista Missionário – CIMI é um Órgão vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. No Regional Mato Grosso sua sede fica em Cuiabá. Segundo o plano de pastoral, parágrafo 49,  “Na força do Espírito Santo e no seguimento de Jesus Cristo, frente à violência do sistema capitalista neoliberal, o Cimi, em sua prática evangelizadora para com os povos indígenas, assume como objetivo geral: Testemunhar e anunciar profeticamente a Boa-Nova do Reino, a serviços dos projetos de vida dos povos indígenas, denunciando as estruturas de dominação, violência e injustiça, praticando o diálogo intercultural, inter-religioso e ecumênico, apoiando as alianças desses povos entre si e com os setores para a construção de um mundo para todos, igualitário, democrático, pluricultural e em harmonia com a natureza, a caminho do Reino definitivo.

Para acompanhar o trabalho e notícias do CIMI  você pode acessar www.cimi.org.br

 “Expressamos nossa gratidão ao Deus da vida porque nestes anos de caminhada, não obstante nossas fragilidades, nossa Igreja tem anunciado Jesus Cristo ressuscitado, caminho, verdade e vida e tem marcado presença junto ao povo sofrido, sendo muitas vezes a voz dos povos indígenas, ribeirinhos, quilombolas, seringueiros e migrantes, nas periferias e em novos ambientes dos centros urbanos animando as comunidades na reivindicação do respeito pela sua história e religiosidade”.(Carta de Santarém, 1972)

 

Pastoral da Comunicação (Pascom)
Diocese de Rondonópolis

Fotos: Pascom Diocesana e Lurdes/CIMI

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