CATEDRAL SANTA CRUZ CELEBRA VIGÍLIA DA PÁSCOA

P1030334 Na noite de 04 de abril, sábado de aleluia, às 20 horas, na Catedral Santa Cruz em Rondonópolis, teve início a celebração da vigília da Pascoa. Os ritos foram presididos por dom Juventino Kestering e concelebrado por Pe. João Henrique Correa. Essa noite constitui o centro do Ano Litúrgico. É considerada a mãe de todos os dias, pois a Igreja não celebra a Páscoa de Jesus Cristo, a páscoa dos cristãos. A celebração pascal é festa batismal. A Igreja dá à luz novos filhos pela fé e pelo Batismo e renova a própria Aliança batismal, para participar da Ceia Pascal do Cordeiro Imolado: Vida renovada em Cristo ressuscitado.

A liturgia da vigília pascal pode ser definida como uma “noite clara”, “a noite que brilha como o dia e a escuridão é clara como a luz”. “Noite na qual a Igreja espera a Ressurreição de Cristo e a celebra nos sacramentos”. Noite em que Jesus Cristo passou da morte para a vida. Para estes ritos a Igreja convida os seus filhos e filhas a se reunirem em vigília e oração A celebração da Vigília Pascal realizou-se em quatro partes:

  1. A liturgia da luz com bênção do fogo novo simbolizado no Círio Pascal levado solenemente até o P1030331centro da Igreja. É a luz de Cristo, que ilumina o mundo. Estão gravadas as letras gregas Alfa e Ômega: Deus é o princípio e o fim de tudo. O fogo novo e o Círio simbolizam a luz da Páscoa, que é Cristo, luz do mundo, por isso se cantou: “Eis a luz de Cristo que apaga as trevas de todo o mundo” e convida a “celebrar o esplendor admirável desta luz em que o céu se une à terra, em que homens e mulheres se encontram com Deus”. Quando alguém nasce, costuma-se dizer que “veio à luz” ou que “a mãe deu à luz”. A Igreja veio à luz na Páscoa de Cristo. Toda a vida da Igreja encontra a sua fonte no mistério da Páscoa de Cristo.
  2. A liturgia da Palavra propõe três leituras do Antigo Testamento, que recordam as maravilhas de Deus na história da salvação e duas do Novo Testamento com o anúncio da Ressurreição de Jesus. Assim, a Igreja, começando por Moisés e seguindo pelos Profetas interpreta o mistério pascal de Cristo. A escuta da Palavra é feita aos pés da Luz, que é Cristo Jesus. “Eis o dia que fez o Senhor, nele exultemos e nos alegremos” (Sl 118).
  3. P1030335 3. A liturgia batismal: A liturgia batismal é parte integrante da celebração. Fez-se a bênção da água batismal, a renovação das promessas do Batismo, o canto da ladainha dos santos, a bênção da água, a celebração de batismo de adultos e crisma; a aspersão sobre a assembleia com a água benta. A água é simbólica. “A água é rica de mistério. Ela é simples, pura, limpa e desinteressada. Símbolo perfeito da vida, que Deus preparou, ao longo dos tempos, para manifestar o sentido do Baptismo” (R. Gardini). Com a água a humanidade criada à imagem e semelhança de Deus, “no sacramento do batismo purifica das velhas impurezas e ressuscita o homem novo pela água e pelo Espírito Santo”. Na tradição da Igreja, a fonte baptismal é comparada ao seio materno, ao útero que gera vida e a Igreja à mãe que dá à luz.
  4. A liturgia Eucarística. A liturgia eucarística, sacramento pleno da Páscoa. Memória do sacrifício da Cruz, presença de Cristo Ressuscitado, o centro da iniciação cristã e proclamação da páscoa eterna. Santo Agostinho dizia: “Esta noite deve ser comemorada em honra do Senhor e a Vigília que nela se celebra, em memória da noite santa em que Cristo ressuscitou, deve ser considerada a mãe de todas as santas Vigílias”.

A vigília da Páscoa foi celebrada como experiência significante na vida da comunidade. Falaram os símbolos da vida: o fogo, a luz, a água, o óleo, o pão e o vinho. A Missa da Vigília Pascal, celebrada à noite, começou na escuridão, simbolizando as trevas. Pouco a pouco, as luzes do templo foram acesas. E a luz de Cristo Ressuscitado brilhou no me8io da comunidade cristã.

 

Pastoral da Comunicação (Pascom)
Diocese de Rondonópolis-Guiratinga

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