Confira o artigo: “A NOSSA PAIXÃO”

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5.480, este é o número em que nosso Senhor Jesus Cristo, revelou a Santa Brígida, quando esteve em um mosteiro em um profundo momento de oração. Deus mostrou a Ela, que estas pancadas a qual levou, foi muito além das dores e todos os sofrimentos que teve como homem, que submetido a carregar a nossa Cruz, redimiu de todos os nossos pecados. Quando houve a morte de Jesus, neste momento Ele nos oportunizou a nossa entrada ao céu, no paraíso.

Nos limpou da mancha do pecado, porém não nos tirou o livre arbítrio, ou seja, a liberdade de fazermos as nossas escolhas, e assim sermos homens e mulheres suficientes para arcarmos com os frutos daquilo que plantarmos. Tão generoso e misericordioso, Deus sempre está de braços abertos para nos acolher nos momentos mais complexos e vitoriosos que cercam nossas vidas. Este convite do calvário nesta semana Santa, nos faz refletir no mais profundo dos nossos íntimos, e ver que tanto sofrimento, foi por amor, amor a mim e a você.

Que isto não se torne para nós causa de juízo ou condenação mais que pela sua morte e ressureição seja sustento e remédio para nós. Necessitamos venerar a Cruz, e enxergarmos nela o caminho de nossa salvação, o exemplo que o filho de Deus, um homem como nós, conseguiu superar as dores, humilhações, e a morte. Quantos de nós morremos espiritualmente e nos deixamos nos abater pelo simples fato de nos deparar com nossa rotina diária, e são estes desafios que a Cruz nos ensina a vencer. Deus não nos deu um fardo maior que não possibilitamos de carrega-lo. Que possamos ser fiéis como Maria e João o discípulo amado, estando juntos, quando todos aqueles que o seguiam e o admiravam, simplesmente viraram as costas para aquele que veio trazer a esperança de vida eterna.

Acreditarmos com todo nosso amor que Jesus no domingo de páscoa voltou e voltou para nunca mais nos deixar, sendo o consolo de nossas almas, a luz em meio a escuridão, o sal que tempera nossas vidas, aquele que nos faz pensar e refletir no mais íntimo do nosso interior. O filho do carpinteiro José, humilde que lavou os pés de seus discípulos, em seu maior gesto de humildade, trouxe em sua face o brilho do amor e da caridade, o homem das multidões, aquele que prometeu ao crucificado que instantes se encontrariam no paraíso.

O Homem que curava, que o simples olhar faziam a todos se recolherem. Somente alguém que amou tanto assim e mesmo pensando no futuro, e pensando em nós também não nos deixaríamos órfãos, nos instituiu a Santa Eucaristia, nos deixou o memorial da vida eterna, as escrituras sagradas, o Espirito Santo que habita dentro de cada um de nós. Em troca o filho de Deus, nos quer apenas uma coisa, que amemos a Ele e ao próximo. O grande mistério da fé, se resume na pratica livre e desimpedida do amor fraterno.

Que possamos neste momento crucial do nosso calendário litúrgico católico, dar graças ao Senhor nosso Deus, pelas maravilhas e ensinamentos, nos deixado a mais de dois mil anos, e a garantia de que estará conosco até o fim dos tempos. Feliz Páscoa.

José Olavo Pio: É eng. Civil e Professor Universitário