Palavra do Bispo: Nova Luz para o Mundo

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Com o Domingo de Ramos inicia-se a Semana Santa. É assim chamada porque os cristãos celebram a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. As celebrações se inserem no contexto da viagem de Jesus para Jerusalém onde realiza o mistério pascal: prisão, condenação, morte e ressurreição.

Com a bênção e procissão dos Ramos a liturgia apresenta Jesus como Messias. “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Quem é este que vem montado num animal e aclamado com cantos e ramos? A multidão respondia: “É o profeta, Jesus de Nazaré da Galiléia”.

Neste final de semana a Igreja realiza a “Coleta da Fraternidade” que tem como objetivo “criar um fundo de reserva para a fraternidade e solidariedade da Igreja diante de situações de fome, secas, enchentes, bem como a promoção humana, como construção de cisternas, hábitos de higiene, qualificação para o mercado de trabalho ou orientação para melhoria de qualidade da agricultura dos pequenos proprietários e mini-iniciativas de auto sustentação nas cidades e  o campo”.

Na diocese de Rondonópolis-Guiratinga, na segunda feira, dia 30 de março, às 19:15 horas, na Catedral Santa Cruz, celebra-se a missa da unidade. Nesse dia o bispo com os presbíteros, religiosas, ministros e lideranças cristãs, das 21 paróquias, se reúnem para renovar o compromisso assumido no batismo e nos demais sacramentos. Nesta celebração serão abençoado o “Óleo dos Catecúmenos, dos Enfermos e do Crisma”. No final da celebração cada paróquia leva em frascos o Óleo abençoado para as suas paróquias que serão utilizados durante o ano para a celebração dos sacramentos.

A quinta-feira santa é marcada pela celebração da Instituição da Eucaristia com a Missa do Lava-pés. É um dia especial para os cristãos. O Senhor Jesus, na véspera de sua morte, reuniu-se com os discípulos para celebrar a Páscoa. Depois de ter lavado os pés dos discípulos, durante a ceia tomou o pão e disse: “Isto é o meu corpo”. Depois tomou um cálice com vinho e disse: “Isto é o meu sangue”. Toda a liturgia deste dia reforça o sentido da Eucaristia, o Mandamento do amor fraterno, do serviço e da doação em prol dos irmãos.

Na sexta-feira santa Jesus dá prova do amor total. Entregou a vida para que tivéssemos vida. Porém a morte não é a última palavra. Ela é passagem para renascer. A semente que cai na terra morre para germinar e dar muitos frutos. Sexta feira santa é dia de solidariedade com os crucificados do mundo. São milhões de pessoas que carregam a cruz da fome, da doença, da miséria, do abandono, dos vícios, do desemprego. Outros carregam a cruz da falta de sentido para a vida, do vazio existencial, da solidão, do abandono, da falta de amor. É dia de silencio, jejum, de solidariedade com os que sofrem, de ir até uma Igreja e entrar no íntimo do coração, reconhecer os pecados e iniciar nova vida.

No entardecer de sábado inicia a noite santa do renascimento para vida nova em Cristo. “Eis o dia que o Senhor faz por nós! Alegremo-nos e nele fiquemos felizes” (Sl 118). Os ritos tem início ao redor da fogueira que ilumina na escuridão. É fogo novo, sinal de Cristo vivo, ressuscitado e presente na comunidade. Segue a caminhada até a Igreja com a luz Círio Pascal Pascal. No interior do templo a assembleia canta o anúncio da ressurreição ao som de músicas, hinos, sinos, luzes. No início da Igreja, o sábado santo era dia de Batismo dos que aderiam a Jesus Cristo, por isso antes da celebração da eucaristia realiza-se a bênção da água batismal e toda comunidade é convidada a renovar o compromisso assumido no batismo.

No domingo de Páscoa, o primeiro dos dias, celebra-se a Ressurreição de Jesus. O Senhor de todos os dias inaugurou um tempo de paz e de alegria e como aos discípulos de outrora. Jesus hoje nos repete: A paz esteja com vocês.

Que o Sagrado Coração de Jesus, Patrono da Diocese derrame graças e bênçãos. Saúde aos doentes, alegria aos tristes, esperança aos desanimados.

 

Dom Juventino Kestering
Bispo da diocese de Rondonópolis-Guiratinga