E A SUA SAÚDE MENTAL, COMO ESTÁ?

 

De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde (2001), “saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade”. Mas quando se aborda este tema, o pensamento que desperta no senso comum e na maioria das pessoas é de que se trata de uma doença mental. Porem a abordagem da saúde mental envolve o todo da pessoa no seu mundo psíquico, afetivo, relacional, econômico, familiar, autoestima. Além, é evidente, dos transtornos mentais.

A pessoa é diagnosticada com um transtorno mental, não faz dela um doente mental impossibilitado de ter uma vida normal como os demais. Trata-se de uma pessoa portadora de um transtorno, mas não da doença em si. A ausência do transtorno mental não significa saúde mental. Essa implica em estar bem consigo mesmo e nas relações interpessoais, e saber lidar com positividade com as pessoas e com as adversidades cotidianas.

É evidente que permanecem preocupações, isto é até saudável, pois faz pensar antecipadamente ajudando-nos a nos preparar para agir perante uma situação inesperada. Quando a pessoa se preocupa demais consigo, com o sucesso, com a beleza, com a fama, a vida se torna carregada com estresse desnecessário causado por nossa ansiedade que pode desencadear depressão, dependência de substancias químicas e até transtornos psíquicos.

A depressão tem sido considerada como o mal do século, onde muitos se preocupam com a cura e se esquecem do mais importante que é a prevenção. Convém ressaltar a diferença entre a tristeza e a depressão, sendo que a tristeza faz parte da natureza humana, pois há situações decorrentes de situações que tenha vivido. De maneira geral as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em alguma fase da vida.

De acordo com a OMS – Organização Mundial de Saúde (2001) a depressão é classificada como um “problema de saúde pública, estando entre a quarta de todas as doenças onerosas, haja vista as consequências causadas ao indivíduo, podendo levar até o suicídio”. Essa patologia, chamada atualmente de “o grande mal do século” é considerada um transtorno de humor, que precisa ser identificado e tratado.

No entanto é mais saudável prevenir-se da doença, ao invés de remediá-la.  Para que isso ocorra necessário se faça a mudança de sua qualidade de vida e não  prender-se no mito de que apenas cuidar da saúde física lhe basta. Priorize sua saúde mental, reserve tempo em sua vida, para o lazer, para a convivência com os amigos, com a família; mantenha bons hábitos alimentares, durma bem e pratique atividades físicas regularmente. A ciência oferece um instrumental de análise, para falar de si faz bem, pôr para fora sentimentos que se não forem revelados podem, no curso da vida, desencadear para um sintoma maior.

A análise tem como base o poder da fala, que deve ser respeitada e livre de julgamentos. Assim, sabendo da liberdade concedida às suas palavras, a função do analista não é julgar o que o outro pensa. Assim o analisando deve falar tudo o que vem à sua mente, com a menor censura possível e deixar de lado as mentiras inclusive as que conta para si mesmo. Eis um segredo e um caminho para melhor qualidade de vida.

 

Eliene Paulina da Silva
Graduada em psicologia clínica na ênfase psicanalítica
psicologaelienepaulina@gmail.com