Domingos de Ramos

Semana Santa precisa atingir a humanidade “com
a prova do amor de Deus”, defende Dom Maurício.

Bispo abriu oficialmente a Semana Santa na Diocese, neste domingo, 02/04, com a benção dos Ramos, na praça da Uramb, procissão e Missa na Catedral Santa Cruz.
O evento que começou na Praça da Uramb (união local das associações de bairros), no Jardim La Salle II, com a benção dos Ramos apresentados pelo povo, a Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, abriu oficialmente, na manhã desse domingo, 02/04, as atividades da Semana Santa 2023.

Da Uramb, com os ramos bentos, o povo seguiu em procissão até a Catedral Santa Cruz, no final da avenida Dom Pedro II, onde ocorreu a Santa Missa do Domingo de Ramos, celebração em que a Igreja faz memória da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, cumprindo o plano do Pai, de se entregar pelo resgate da humanidade.
No breve trajeto, em procissão, os fiéis entoaram cânticos – com ênfase ao ‘Hosana ao Rei’ – e orações, sempre agitando seus ramos, como fez o povo na recepção a Jesus em Jerusalém, descrita no Capítulo 21 do Evangelho de São Matheus.

NOVO MODELO – Dom Maurício lembrou na homilia da Missa, que Jesus Cristo, mesmo tendo pleno conhecimento daquilo que o esperava – sabendo que iria ser morto – “toma a firma decisão de ir a Jerusalém… Ele não retrocede, ele não abandona, não volta atrás na grande missão de salvar a humanidade”.
E que o fez de forma diferente dos reis da época que celebravam suas conquistas ostentando poder e força bélica e política: “E na entrada, que fizemos memória hoje, Jesus entra aclamado como um rei. Bendito o que vem em nome do Senhor; mas o modo como Jesus entra é diferente de todos os reinados e impérios… montado num jumentinho, desarmado… um novo modelo, de humildade, de desapego, de esvaziamento de todo poder, de toda a glória e de toda força humana. Esse é o nosso Rei; humilde, pobre e que se entrega por nós, na cruz”, completou.

RESPOSTA – E diante dessa prova de amor, o bispo questionou da comunidade a resposta que ela tem dado ao projeto de Deus: “Como respondemos a tanto amor, na nossa vida diária?”, perguntou Dom Maurício, lembrando que o povo que recebe Jesus com hosanas e glórias, é o mesmo que dias depois bradará “crucifica-o”, defronte o palácio do governador Pôncio Pilatos. “Jesus passa pelo tribunal das autoridades judaicas, vai para o tribunal civil, tribunal romano de Pilatos, e o povo e as autoridades decidem que ele deve morre, e Jesus responde com o silêncio, responde com amor”; ainda que os discípulos optem pelo uso das armas, ele diz que não: “Meu reino não é desse mundo; não vamos usar a respostas dos homens desse mundo, mas vamos usar a resposta de Deus, que é o amor, é a reconciliação e o perdão”.

LEITURAS – Dom Maurício evocou o texto de primeira leitura da Liturgia de Ramos, onde o Isaias profetiza a firme decisão de Jesus em oferecer as costas para o baterem, as faces para lhe arrancarem a barba e o rosto para bofetões e cusparadas, “porque sei que não sairei humilhado”.
E da segunda Leitura, onde Paulo relata a comunidade de Filipos, a opção do Senhor em “abrir mão” da sua condição divina e esvaziar-se a si mesmo, sendo obediente ao projeto do Pai, até a morte redentora de cruz.

SEMANA SANTA – Dom Maurício convocou o povo católico da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga a “caminhar com o Senhor” nesta Semana Santa, destacando o gesto da quinta-feira em que o Rei dos Reis se faz servo e lava os pés do seus; e na sexta-feira, a agonia e morte de Cruz: “E nós vamos em direção ao Sábado Santo que o capítulo final; essa trama toda termina com a resposta do Pai, que ressuscita Jesus dos mortos”.

CATEQUESE – O bispo explicou, em tom de Catequese, que o Tríduo Pascal é uma grande celebração de três dias, que começa na quinta-feira santa com a missa de Lava Pés e se conclui na vigília Pascal do sábado santo.

ATINGIR A HUMANIDADE – Dom Maurício concluiu, convocando o povo que pastoreia a viver a Semana Santa com ardor e testemunho a “atingir” a humanidade com a prova de amor de Cristo: “Vamos fazer esse caminho para que a humanidade hoje seja atingida por essa prova de amor, que Deus tem por nós; por cada um de nós e por toda a humanidade… ele quer a salvação de todas as pessoas”, finalizou.

Nilton Mendonça
Pascom Diocesana