Reunião da Ampliada Nacional da CEBs

RUMO AO 15º INTERECLESIAL 

Ao conectar a reflexão da caminhada das Comunidades Eclesiais de Base com a necessária solidariedade ao povo indígena Yanomami, a mais recente Reunião Ampliada Nacional das CEBs deu um sinal concreto da importância de uma Igreja em saída, como nos pede o Papa Francisco.

A reunião ocorrida entre os dias 27 e 29 deste mês em Rondonópolis (Mato Grosso)/Regional Oeste 2, reuniu articuladoras/es, irmãs religiosas, padres e bispos de 19 regionais das CEBs, que se concentraram na preparação do 15º Encontro Intereclesial, a ser realizado na mesma cidade, entre os dias 18 e 22 de julho.

O sinal concreto de uma Igreja que trabalhe em favor de uma sociedade justa e igualitária para todas e todos ficou evidente tanto no reconhecimento dos povos indígenas “como nossos povos originários” quanto na escolha dos nomes das plenárias de debate do 15º Intereclesial, e também na definição do tema da próxima carta às Comunidades.

A grande plenária se chamará “Casa Comum” e as plenárias terão os nomes de biomas brasileiros: Amazônia, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa. “Foi uma forma de unir a ideia do Bem Viver, que propõe vida plena a todos e todas, com a atenção que devemos ter com a Casa Comum, cuidando das pessoas e da natureza”. Foi o que disse Dirceu Coelho, propositor dos nomes acolhidos pela Ampliada Nacional. Dirceu é membro do Secretariado do 15º Intereclesial e atuante nas CEBs da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga,

Conforme definição da Ampliada, a próxima carta pastoral direcionada às Comunidades Eclesiais de Base de todo o Brasil vai tratar do tema “Democracia e Bem Viver”, fazendo uma reflexão sobre o momento histórico do país nas dimensões eclesial, social, política, econômica e cultural. Esta será a 14ª Carta às Comunidades, processo que se iniciou em junho de 2019.

Desse modo, a partir de sinais concretos que conectam fé e vida, é que as pessoas presentes na Ampliada Nacional das CEBs vivenciaram fortes momentos de espiritualidade, como a Benção de Envio, conduzida no domingo pela manhã por representantes do Nortão e inspirada no Evangelho de Lucas (10, 1-9), que trata do trabalho missionário a ser feito pelos operários e operárias da messe.

Foi também o que disse dom Mauricio Jardim, bispo da Diocese de Rondonópolis-Guiratinga, pouco antes, no mesmo dia, durante celebração da missa organizada pela Comissão de Liturgia do 15º Intereclesial, na qual ressaltou “os pobres e perseguidos, como bem-aventurados, porque deles é o Reino dos céus, e porque estas pessoas possuem o Reino agora”.

COMUNICA 15