O Domingo da Misericórdia

FESTA DA MISERICÓRDIA DE SANTA FAUSTINA

 

Neste Domingo chamamos de Domingo da Misericórdia, porque no primeiro domingo após o da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia, instituída pelo saudoso papa, São João Paulo II, seguindo o pedido que Jesus insistentemente fez a Santa Faustina Kowalska, polonesa, cujo processo de beatificação foi conduzido pelo mesmo Papa.

Neste Domingo somos chamados a renovar a nossa fé, o Evangelho de João( 20, 19-31) começa o relato nos dizendo que no primeiro dia da semana que é o domingo, ultrapassando obstáculos físicos portas trancas, Jesus torna-se visível a seus discípulos. Com a saudação da paz pascal, Jesus afugenta o medo dos discípulos e, soprando sobre eles, confere-lhes o Espírito Santo e o poder de perdoar os pecados. Deixa os aptos para prolongar sua missão no mundo. Oito dias depois, novamente se coloca no meio deles e, após a costumeira saudação da paz, convida Tomé a tirar suas dúvidas, ou melhor, a acreditar sem ver. Diante da evidencia, Tomé faz uma grande profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus!”. Jesus então profere seu ensinamento para todas as gerações de cristãos: “Bem aventurados os que não viram e creram”. A finalidade do evangelho de João é despertar a fé; não satisfazer mera curiosidade, no entanto, somos convidados não uma fé genérica. Devemos crer na misericórdia que se manifesta no Mistério Pascal: paixão, morte e ressurreição. Com isso lembramos essa frase de Santo Agostinho:

“A misericórdia é a compaixão que o nosso coração experimenta pela miséria alheia, que nos leva a socorrê-la, se o pudermos” (Santo Agostinho, De civitate Dei, IX, 5).

“Ser misericordioso é próprio de Deus e é pela misericórdia que ele principalmente manifesta a sua onipotência. Em relação ao que possui a misericórdia não é a maior das virtudes, salvo se ele for o maior, não havendo ninguém acima dele, e todos lhe sendo submissos. Pois quem tem superior, é maior e melhor unir-se a ele do que suprir as deficiências do inferior. Eis porque, para o homem, que tem Deus como superior, a caridade que o une a Deus, é maior que a misericórdia” (Santo Tomás de Aquino, Suma Teológica, II-II, 30, 4).

 

Pe. Marcos Antônio Gonçalves dos Santos

Vigário paroquial Paróquia São João Batista  Guiratinga – MT