DOM JUVENTINO… SAUDADES…

A Diocese de Rondonópolis- Guiratinga está em luto e se despede de Dom Juventino que hoje retornou para os braços de Deus. Um dia de muita dor e tristeza, mas de gratidão a Deus por tanto bem que Dom Juventino semeou em nosso meio.

Ordenado bispo, Dom Juventino Kestering assumiu a Diocese no dia 22 de março de 1998 e desde então cativou os corações de milhares de fiéis com o seu jeito terno, amigo e companheiro. Dom Juventino nasceu no dia 19 de maio de 1946 e foi ordenado padre em 14 de julho de 1973 em São Ludgero-SC. Atuou como vigário paroquial na Catedral de Tubarão e Coordenador Regional de Catequese do Sul 4 até o ano de 1988 quando se tornou Assessor Nacional de Catequese (1988-1991). Apaixonado pela catequese, Dom Juventino publicou vários materiais de apoio e não se cansava de oferecer formação aos catequistas e a todos os ministérios. Preocupado com a formação dos fiéis e com o fortalecimento dos grupos de famílias empenhou-se com muito entusiasmo na publicação de subsídios para as novenas e encontros de formação.

Com ampla experiência na formação presbiteral – Membro da Equipe de Formação do Seminário Teológico de Tubarão-SC (1991-1996), professor do Instituto de Santa Catarina, Florianópolis-SC (1992-1997) e Reitor do Seminário Teológico de Tubarão em Florianópolis-SC (1997), ao assumir a Diocese empenhou-se na formação de novos padres e na ampliação do Seminário Maior Maria, Mãe da Igreja, em Várzea Grande. Fazia questão de reunir os padres e oferecer encontros de formação, de lazer e de fortalecimento na fé.

Apesar de sua saúde frágil, participava com muita alegria dos encontros da Igreja tanto em nível local, regional e nacional e fazia questão de repassar todas as informações e sintonizar a Diocese às diretrizes da Igreja no Brasil.

Assumiu com muito carinho o programa “Deus cuida de mim”, a página eletrônica da Diocese e várias lives por meio dos quais sempre deixava uma palavra de carinho e de conforto a todos. Fazia questão de estar presente em todas as atividades da Diocese, mesmo que fosse apenas para dar uma bênção: na Escola de Teologia, no Curso Catequético -Teológico, nos Encontros de Noivos, nas reuniões do CIMI, dos Jovens, dos Ministros, dos catequistas, das CEBs, enfim, era um pastor que estava sempre cuidando de todos.

De um modo muito especial, acompanhava as aldeias indígenas e fazia questão de valorizar a cultura Bororo e inserir os povos indígenas nas atividades da Diocese: nas assembleias diocesanas, nas celebrações, na Romaria dos Mártires. Estava empenhado nos projetos da REPAM, na preparação para o 15º Encontro Intereclesial de CEBs, na construção do XVII Plano Diocesano de Pastoral e em tantos outros projetos, mas Deus quis que ele continuasse sua missão “do outro lado do caminho”, como dizia Santo Agostinho.

Nossa gratidão eterna a Dom Juventino, por ter doado grande parte da sua vida à nossa Diocese. Deixou sua terra, sua família, seus amigos e veio partilhar o amor de Deus em nosso meio, nos mostrando, na simplicidade, a grandeza do amor de Deus por nós. Obrigado, Dom Juventino pela vida doada, pelas sementes deixadas entre nós e pelo exemplo de coragem, de força e de esperança durante todo o tempo que Deus permitiu que o Senhor estivesse conosco. Muitas saudades, mas a certeza de que o senhor “combateu o bom combate, completou a corrida e guardou a fé e agora receberá a coroa da vitória”. Que Deus te conceda o mais belo dos lugares no céu.