SANTA MÃE DE JESUS, DIA MUNDIAL DA PAZ

 

Seja bem vindo 2021. Ano B – São Marcos. Louvado seja Deus, Trindade Santa por mais um ano. Nossa diocese de Rondonópolis-Guiratinga te louva e agradece por tantos dons que nos tens concedido cada dia. Dia de Santa Maria, Mãe de Jesus. Obrigado Senhor, neste dia Mundial da Paz.

“Ao longo da história da Igreja, a solenidade de hoje tem enfatizado diversos aspectos do mistério da Encarnação. Como lemos no Evangelho, hoje celebramos o “onomástico”, o nome de Jesus, o dia em que seus pais lhe deram o nome anunciado pelo anjo: Jesus – Salvador. O Evangelho também nos diz que foi neste dia, o oitavo depois do seu nascimento, que Jesus foi circuncidado, tornando-se um filho da primeira aliança já em vista da nova e eterna aliança que ele iria inaugurar com seu sangue na cruz. Em tempos modernos, o Papa São Paulo VI pediu que este primeiro dia do ano civil fosse vivido como dia de oração pela paz. Podemos lembrar-nos de todos estes aspectos, colocando-os debaixo do manto de Maria, Mãe de Deus, aquela que a Igreja proclama como verdadeira Mãe do Verbo Encarnado, não apenas de  sua natureza humana, mas de toda a sua pessoa, divina e humana” (Igreja em Oração – CNBB pg 26)

A celebração de hoje é uma continuidade da noite de Natal: “Nasceu para vós o Salvador, que é o Cristo Senhor. É dia de afirmar que o menino que nasceu na gruta de Belém é o Deus que se fez carne, é reconhecer que a sua mãe é Mãe de Deus. Nasceu de uma mulher, Maria, por isso se fez homem, assumindo a nossa condição, mesmo sem deixar de ser o Deus. Aquele que nasceu em Belém é o Salvador da humanidade, é o próprio Deus que vem em busca do ser humano. O evangelho de hoje nos apresenta, a experiência do encontro com o Salvador. Os pastores, depois de terem ouvido o anúncio do anjo, partiram para Belém. Quando se encontraram com o recém-nascido deitado na manjedoura, tudo o que lhes fora dito sobre o menino, trouxe grande alegria.

O Papa Francisco nos encoraja: “A Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento” (EG 1). Quem trouxe essa grande alegria foi: “um menino envolto em faixas e deitado na manjedoura”, “Deitado numa manjedoura”. A manjedoura é o lugar onde se oferece o alimento. Jesus é o Salvador que se fez nosso alimento, entregando a sua vida para que tenhamos vida em plenitude.

Ainda conforme homilia do Papa Francisco “Jesus nasceu entre pastores, povo simples e forte, os favoritos de Deus na Escritura: Abel, Moisés e o rei Davi eram pastores; e o próprio Deus assume as características do bom pastor que cuida das suas ovelhas ( Ez 34, 15; Jo 10). São Lucas descreve os pastores como o modelo de uma fé ativa e comunicativa, pois eles vão apressados para ver o menino Jesus, Maria e José; ficam cheios de admiração e de alegre louvor a Deus quando o encontram; e se mostram prontos a transmitir a maravilha que lhes foi contada pelos anjos e descoberta por eles, contagiando a todos a sua alegria. O mistério de hoje, suscita uma maravilha infinita: Deus ligou-se à humanidade para sempre. Deus e o homem sempre juntos: eis a boa notícia no início do ano. Deus não é um senhor distante que habita solitário nos céus, mas o Amor encarnado, nascido como nós de uma mãe para ser irmão de cada um, para estar próximo: o Deus da proximidade. Está nos joelhos de sua mãe, que é também nossa mãe, e de lá derrama uma nova ternura sobre a humanidade”.

Neste primeiro dia do ano a Igreja invoca a benção sobre Toda comunidade: “O Senhor disse a Moisés: “Dize a Aarão e seus filhos o seguinte: Eis como abençoareis os filhos de Israel: O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor te mostre a sua face e conceda-te sua graça! O Senhor volva o seu rosto para ti e te dê a paz! E assim invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e eu os abençoarei” (Nm 7,22-27) .

Neste momento invoco a benção de Deus sobre a diocese, os presbíteros, lideranças, religiosos e religiosas, seminaristas e vocacinadas, pais e mães de família, avós, viúvos e viúvas, mães que tem recém-nascidos, sobre os doentes, desempregados, os que cuidam dos doentes e acamados e sobre todos aqueles que hoje em todo Brasil assumem como vereadores e prefeitos de nossas cidades.

 

Dom Juventino Kestering

Diocese de Rondonópolis-Guiratinga