Serviço e Testemunho

UMA MISSÃO DE AMOR 

 

Neste dia 30 de agosto, a Igreja celebra o dia do Catequista com o tema “Não deixemos que nos tirem a alegria da evangelização” com o lema “Deixai vir a mim os pequeninos” (Mt 19,14). Na história de vida têm-se lembranças que não se apagam de modo especial na educação da fé e dos valores cristãos. Uma dessas lembranças é a pessoa do catequista que nos ajudou a descobrir, aprofundar e cultivar a fé, a vida comunitária, a ética e a cidadania.

O Novo diretório para a Catequese, nº 110 ensina: “No conjunto dos ministérios e serviços, com os quais a Igreja cumpre a sua missão evangelizadora, o “ministério da catequese” (CT, n. 13) ocupa um lugar significativo, indispensável para o crescimento da fé. Esse ministério introduz à fé e, juntamente com o ministério litúrgico, gera os filhos de Deus no seio da Igreja. A vocação específica do catequista. Portanto, tem sua raiz na vocação comum do Povo de Deus, chamado a servir o desígnio de Deus em favor da humanidade”

Coordenadores Paroquiais de Catequese

Padre Luiz Quijano propõe cinco caminhos que são fundamentais para a catequese de iniciação para os tempos atuais. 1. Catequistas “unidos para servir”. A missão requer um trabalho conjunto integrado entre catequese, liturgia, pastorais e movimentos. 2. Catequistas que “cultivam a fé”. A fé é como uma alavanca que sustenta, reergue, anima, abre caminho. É difícil sentir que haja uma verdadeira experiência de encontro com Jesus Cristo para quem não está disposta a mudar a sua vida e viver experiência de fé, de espiritualidade de compromisso com a missão. 3. Crer na comunidade. A catequese de iniciação à vida cristã não é uma nuvem sem chão. É na comunidade que se faz a experiência da partilha, d, do amor aos irmãos, de encontro com pessoas. Os catequistas fazem parte da comunidade eclesial. Ela é como fonte, lugar e meta da catequese. “Os catequistas são a voz e o gesto de fé da comunidade”. 4. Catequistas dialogantes. O diálogo é forma de entrar em contato com as pessoas e de aceitar as culturas, o diferente e cultiva a tolerância e os valores do evangelho. Sem diálogo, hoje as pessoas não caminham. Sem diálogo a catequese se fecha em si mesma e não desperta no catequizando as potencialidades de crescimento da fé. 5. Catequese em redes. A catequese não é um ato isolado, desligado da comunidade, da família, das pastorais e movimentos. Essa visão de catequese já foi superada. Os tempos atuais exigem catequese em redes. Toda comunidade eclesial é um tecido que deve colaborar com a educação da fé e iniciação dá vida cristã de adultos, jovens e crianças.

Catequistas em curso de pós-graduação em Catequese

“Ser catequista é ser encantador de gente, exerce a missão com gente como Jesus”. O/a catequista se aprimora com o tempo e esta seja uma das coisas mais lindas do Catequista: ser capaz de abrir os olhos das pessoas para a vida, para si mesmas, para o mistério do mundo e de Deus. É bom ser catequista, mesmo em meio à dor, sofrimento, dúvidas e decepções.

Feliz o/a catequista que se sente chamado/ para essa missão. Ouvir a voz de Deus que o/a convida a ser comprometido na missão de construir um mundo novo. Descobre-se limitado/a e, por isso, se coloca a caminho, em busca de formação, de reflexões, de conversas, de partilhas de experiências. É capaz de perder noites de sono, dedicar fins de semana em encontros formativos,  dedicar dias inteiros a estudar, a ler bons livros, porque sabe que a educação da fé, a iniciação à vida cristã é uma arte que precisa de dedicação, doação, competência, linguagem e espiritualidade.

Catequista se esforça para participar do grupo de catequistas porque acredita que o trabalho em conjunto é capaz de remover obstáculos e criar coisas novas. Sabe que a amizade é o encantador tempero da caminhada e da vida. O catequista, mesmo sem recursos aprendeu a ser criativo, na arte de ser amigo dos catequizandos, inventar lugares e meios para anunciar a beleza de ser cristão e de viver em comunidade. Catequista que não desiste mesmo diante de desafios que aparecem na Igreja, na comunidade, no grupo de catequistas, no trabalho com os catequizandos. É capaz de chorar as dores, sem endurecer o coração. Tem o dom de se alegrar com as pequenas conquistas e alguns passos dados na iniciação à vida cristã.  Catequista que descobre a internet e as redes sociais como lugar de evangelização. Percebe que Deus se revela em todo lugar. Está atento às novas linguagens e tem na música, na arte, no cinema, na poesia, formas privilegiadas para a transmissão da fé no mundo de hoje.  Assim percebe a beleza da experiência cristã e da catequese, mesmo com limites porque Deus é Beleza, esplendor e espanto. “A educação da fé provoca a admiração, sobressaltos de Infinito, paixão pelo Absoluto, uma inexplicável emoção que nos faz novos, inquietos em busca de vida, em busca do Caminho que é Jesus”.

Grupo de Catequese Paróquia Bom Pastor

Catequista é apaixonado pela Palavra de Deus, descobre na experiência de seguir Jesus Cristo a alegria de viver e anuncia a Fé na Vida. Procura ser íntegro, justo, solidário, verdadeiro, de bem com a vida, comprometido com a comunidade de fé e assim são capazes de inspirar a caminhada, agregar pessoas, vislumbrar novos horizontes para a catequese. Sabem prever ou apontar desafios e saídas em momentos de crise e escuridão. Conseguem manter acesa a chama da alegria, apesar dos dramas que surgem no cumprimento da missão. É feliz porque ama e se deixa surpreender pelo amor de Deus”. (inspirado em Lucimara Trevizan, mensagem para os catequistas)

Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (Papa Francisco).

Aos catequistas desejamos coragem e perseverança na missão. Parabéns pelo seu dia! Em nome da diocese de Rondonópolis-Guiratinga cumprimento cada catequista e incentivo a continuarem firmes na missão. O Sagrado Coração de Jesus, patrono da diocese abençoe, guarde e proteja todos os catequistas de nossa Diocese.

 

Dom Juventino Kestering.

Bispo de Rondonópolis-Guiratinga