Estimado irmão e pastor Dom Juventino e amados irmãos presbíteros,
“Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O
bom pastor dá a vida por suas ovelhas. (Jo 10, 10b-11)

Rondonópolis, 28 de Abril 2020

Nós leigas e leigos, coordenadoras e coordenadores das diversas pastorais e movimentos da nossa Diocese, expressamos, através desta carta, nosso total apoio e compromisso com as orientações quanto aos cuidados na abertura dos templos, quanto a não participação presencial nas celebrações e nas reuniões e programações eclesiais. Sentimos em vocês, o cuidado de pastores que amam e por isso zelam pelas pessoas que lhes foram confiadas nas comunidades das quais participamos. Compreendemos que estes cuidados e restrições circunstanciais estão em plena comunhão com as orientações do Papa Francisco, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, do conjunto dos bispos do Regional Oeste 2 e das autoridades em saúde. Percebemos que o cenário político atual e as orientações contraditórias em nível federal, estadual e municipal nos deixam confusos quanto ao que seguir. Diante disto, preferimos seguir as orientações da diocese que estão plenas de sensatez e de zelo com a vida. Como cristãos católicos sentimos falta da comunhão eucarística, das celebrações e encontros comunitários que nos fortalecem e nos animam na caminhada. Entretanto reconhecemos que, apesar da ausência sacramental, este momento grave, tem nos ensinado a reconhecer o verdadeiro sentido da igreja doméstica, da Palavra de Deus partilhada como “pão da vida” em família, da graça divina que nos faz portadores(as) da benção, do chamado à caridade com os mais necessitados nas diversas frentes que estamos assumindo e colaborando e, sobretudo no testemunho de cuidado e reponsabilidade pela vida: a nossa e a de quem está ao nosso lado. Discernimos que, mesmo orientações para ministrar a comunhão à algumas pessoas que podem ir ao templo ou os eventuais cuidados com as celebrações em menor número de fiéis, não diminuirão os riscos de contaminação do Covid19 e podem não ser um autêntico testemunho de comunhão eclesial. O que fazer com idosos, doentes, grupos de risco, pessoas que não tem condições de dirigirse até o templo? Que segurança podemos ter de que aqueles que podem ir ao templo, não estejam contaminados mesmo sendo assintomáticos? E as comunidades e paróquias que não dispõem de materiais para os cuidados recomendados? Quem irá barrar irmãos e irmãs que queiram participar das celebrações, na porta das igrejas? A gravidade do momento e o farto volume de informações digitais duvidosas, pedem de todos nós responsabilidade, senso de solidariedade e até mesmo de sacrifício: privar-nos por um período, da comunhão sacramental, torna-se um momento oportuno de valorizar o verdadeiro sentido da comunhão como forma de com-partilhar a vida, o tempo, aquilo que temos com quem mais necessita e partilhar a esperança que nos anima. Como membros de um único Corpo, nos unimos a toda humanidade redimida por Cristo, que neste momento padece. Deste modo todos somos mais iguais: novos e idosos, sadios e doentes, santos e pecadores, quem está doando a vida nos hospitais e quem perdeu um familiar querido…mas todos participamos igualmente de uma grande comunhão, sem deixar ninguém de fora. Por isso reiterando o apoio, afirmamos que não tenham pressa em retornar as celebrações e atividades coletivas presenciais. Confiamos em vocês e na promessa divina que não nos abandona nunca e que, neste momento, pede de nós cuidado e zelo pela vida de todos, sem exceções. Na comunhão em Cristo Jesus invocamos as bênçãos de Nossa Senhora da Saúde sobre todos nós,

Associação Divina Providencia
Movimento de Cursilhos de Cristandade
Caritas Diocesana
Renovação Carismática Católica
Pastorais Sociais
Pastoral da Criança
Pastoral Liturgica
Movimento Familiar Cristão
Coordenação das Campanhas da Fraternidade
Coordenação de Ministros
Coordenação da Casa Bom Samaritano
Coordenação Diocesana das Cebs
Coordenação do Terço dos Homens
Conselho Diocesano de Leigas