Domingo de Ramos

HOSANA HEY 

 

Com a celebração do Domingo de Ramos, 04 e 05 de abril de 2020, inicia-se a Semana Santa. É assim chamada porque os cristãos celebram a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ele doou a vida como um gesto de amor e de misericórdia para a nossa salvação.

Neste ano, em decorrência do coronavirus, que afeta a população, e em decorrência das orientações das autoridades em saúde, a Igreja não celebra de maneira presencial o Domingo de Ramos. O que se orienta é que cada paróquia celebre em mais horários a missa e se possível, transmitida pelas redes sociais.

Porem, conforme orientação do Papa e da CNBB, orientamos que a família fique reunida em torno da Palavra de Deus, da oração, da celebração na através da Televisão, da oração do terço, da via Sacra. Sugere-se ainda que cada família coloque Ramos nas janelas, nos portões. Os padres ou ministros podem passar pelas ruas e abençoar os ramos.

A liturgia da Igreja com a bênção dos ramos, a procissão e celebração da missa apresenta Jesus como Messias. “Bendito o que vem em nome do Senhor”. Quem é este homem que vem montado num animal e aclamado com cantos e ramos? A multidão respondia: “É o profeta Jesus, de Nazaré da Galiléia”.  Assim o padre reza: “durante as cinco semanas da Quaresma preparamos os nossos corações pela oração, pela penitência e pela caridade. Hoje aqui nos reunimos e vamos iniciar, com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalém, sua cidade. Celebrando com fé piedade a memória desta entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos também de sua ressurreição e de sua vida. Por isso oremos. Deus eterno e todo poderoso, abençoai estes ramos, para que, seguindo com alegria o Cristo, nosso Rei, cheguemos por ele à eterna Jerusalém”.

Celebra-se a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho que é o símbolo da humanidade e é aclamado pelo povo, como “aquele que vem em nome do Senhor”. O povo tina a esperanças de que Jesus fosse o Messias anunciado pelo os profetas, que fosse um libertador que capaz fosse tirar o povo de Israel do domínio dos Romanos e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras, que significam a vitória: “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”.

Os ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que esta é desvalorizada e espezinhada.

 

Com a Igreja rezemos

– Vós, Senhor, que estivestes com Jesus no caminho do calvário, conduzi a Igreja rumo à vida nova da Páscoa, Senhor, nosso auxílio, ouvi-nos,

– Vós, que tivestes de Cristo a perfeita obediência, fortalecei os cristãos leigos e leigas na fidelidade ao vosso reino de amor e de paz, Senhor, nosso auxílio, ouvi-nos,

– Vós, cujo Filho suportou a coroa de espinhos, amparai os que sofrem, no corpo e na alma, as dores dos espinhos da discriminação, da injustiça e do desrespeito, Senhor, nosso auxílio, ouvi-nos,

 

Oração da Campanha da Fraternidade:

Deus, nosso Pai, fonte da vida e princípio do bem viver, / criastes o ser humano e lhe confiastes o mundo / como um jardim a ser cultivado com amor.

Dai-nos um coração acolhedor para assumir a vida como dom e compromisso. Abri nossos olhos para ver as necessidades dos nossos irmãos e irmãs, / sobretudo dos mais pobres e marginalizados.

Ensinai-nos a sentir verdadeira compaixão, expressa no cuidado fraterno, próprio de quem reconhece no próximo o rosto do vosso Filho.

Inspirai-nos palavras e ações para sermos construtores de uma nova sociedade,  reconciliada no amor.

– Dai-nos a graça de vivermos em comunidades eclesiais missionárias, que, compadecidas, vejam, se aproximem e cuidem daqueles que sofrem, a exemplo de Maria, a Senhora da Conceição Aparecida, e de santa Dulce dos Pobres, Anjo Bom do Brasil.

Neste final de semana os cristãos seriam chamados a um gesto concreto em favor da Fraternidade através da coleta da fraternidade; É tempo de conversão, de Campanha da Fraternidade com tema: “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10-33-34) buscando estimular a o olhar compassivo com o irmão caído à beira da estrada. À luz da Palavra de Deus e da Doutrina Social da Igreja quer indicar para o sentido da vida como dom de Deus e compromisso que se traduz no cuidado com a pessoa, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum. A Coleta da Fraternidade, como sugestão da CNBB, foi transferida para outro dia ainda a ser marcado.

Que o Sagrado Coração de Jesus, patrono da Diocese, derrame abundantes graças e bênçãos sobre cada um de vós nesta semana santa. Livre-nos dos males do coronavius. Nos dê tranquilidade para o cuidado com a saúde. Esperança e fé. Saúde aos doentes, alegria aos tristes, esperança aos desanimados.

 

Dom Juventino Kestering

Bispo diocesano