Dia dos Santos Reis

Celebramos o dia da Epifania, ou seja, a manifestação de Jesus Cristo a todos os povos da terra, representados nos Reis Magos. Viemos ao encontro de nosso Redentor, presente comunidade reunida e na Eucaristia. Neste dia a religiosidade popular canta:

Os devotos do Divino, Vão abrir sua morada, Pra bandeira do menino,

Ser bem-vinda, Ser louvada, ai, ai

– Deus nos salve esse devoto, Pela esmola em vosso nome, Dando água a quem tem sede, Dando pão a quem tem fome, ai, ai

– A bandeira acredita, Que a semente seja tanta- Que essa mesa seja farta, Que essa casa seja santa, ai, ai

– Que o perdão seja sagrado, Que a fé seja infinita Que o homem seja livre, Que a justiça sobreviva, ai, ai

O profeta Isaias (Is 60, 1-6) assim nos relata: Levanta-te, acende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apareceu sobre ti a glória do Senhor. Eis que está a terra envolvida em trevas, e nuvens escuras cobrem os povos; mas sobre ti apareceu o Senhor, e sua glória já se manifesta sobre ti. Os povos caminham à tua luz e os reis ao clarão de tua aurora. Levanta os olhos ao redor e vê: todos se reuniram e vieram a ti; teus filhos vêm chegando de longe com tuas filhas, carregadas nos braços. Ao vê-los, ficarás radiante, com o coração vibrando e batendo forte, pois com eles virão as riquezas de além-mar e mostrarão o poderio de suas nações; será uma inundação de camelos e dromedários de Madiã e Efa a te cobrir; virão todos os de Sabá, trazendo ouro e incenso e proclamando a glória do Senhor.  Diante da revelação de Deus ao longo da história podemos cantar: “As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó senhor”,

São Paulo aos Efésios (Ef 3, 2-6) nos faz uma linda catequese: “Se ao menos soubésseis da graça que Deus me concedeu para realizar o seu plano a vosso respeito, e como, por revelação, tive conhecimento do mistério. Este mistério, Deus não o fez conhecer aos homens das gerações passadas, mas acaba de o revelar agora, pelo Espírito, aos seus santos apóstolos e profetas: os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, são associados à mesma promessa em Jesus Cristo, por meio do Evangelho. Os pagãos são admitidos à mesma promessa. Neste ano da Misericórdia todos somos chamados a experiência de sermos amados e de amar.

No Evangelho (Mt 2, 1-12) aprendemos que “Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava lhes onde o Messias deveria nascer.  Eles responderam: “Em Belém, na Judéia, pois assim foi escrito pelo profeta:  ‘E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”. Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”. Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho. Quem procura Jesus Cristo, quem se deixa conduzir pela luz que é Jesus sempre encontra a manjedoura de Belém. Deus se manifesta como salvador da humanidade, daí o simbolismo da visita de pastores, de gente simples e dos reis Sábios do oriente

Assim a Igreja reza: Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos e servas que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Que o Sagrado Coração de Jesus, patrono da Diocese, derrame abundantes graças e bênçãos sobre cada um de nós. Saúde aos doentes, alegria aos tristes, esperança aos desanimados.

 

Dom Juventino Kestering

Bispo diocesano