Campanha da Evangelização

Estamos no 3º domingo do tempo do Advento. Essa palavra significa “tempo significativo na vida e na espiritualidade das comunidades cristãs, como celebração do Verbo que se encarnou e se fez solidário com as alegrias, sofrimentos, e esperanças da humanidade”.

As famílias se preparam para o Natal por meio de novenas, orações em grupo, símbolos natalinos, meditação da Palavra de Deus, gestos de solidariedade e caridade para com os mais pobres.

Advento é tempo de espera. Espera de dias melhores, de justiça e paz, de liberdade e igualdade. A vinda do Messias traz esperança, empenho e compromisso, mudança de vida, conversão do coração, abertura para a partilha, quebra do egoísmo e do individualismo. Advento é tempo de evangelização nas comunidades e expectativa da chegada do Messias, Filho de Deus, em seu projeto de vida, liberdade, partilha e fraternidade.

O projeto de Jesus exige conversão. Implica em penitência e oração. Propõe a partilha das túnicas e dos pratos de comida para que se restabeleça a justiça e se manifeste a presença libertadora de Jesus. O livro dos Atos dos Apóstolos nos dá um exemplo: “Eles mostravam-se assíduos ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. Apossava-se deles o temor, pois numerosos eram os prodígios e sinais que se realizavam por meio dos apóstolos. Todos os que tinham abraçado a fé reuniam-se e punham tudo em comum: vendiam suas propriedades e bens, e dividiam-nos entre todos, segundo as necessidades de cada um. Dia após dia, unânimes, mostravam-se assíduos no Templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus e gozavam da simpatia de todo o povo. E o Senhor acrescentava cada dia ao seu número os que seriam salvos” (At 2, 43-47).

O cristão, pela graça do Batismo está unido a Cristo e membro da Igreja. Tem a missão de anunciar e testemunhar Jesus Cristo. Para a realização desta missão é fundamental o testemunho pessoal e comunitário, a participação nas pastorais e movimentos e garantir os recursos materiais necessários para a ação evangelizadora da Igreja Católica.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil na sua 35ª Assembleia Geral, no ano de 1997, em Itaicí, SP, aprovou a realização de uma Campanha para a Evangelização em nível nacional. Realiza-se no 3º domingo do Advento de cada ano.

O valor angariado pela Coleta Nacional para a Evangelização constitui o Fundo para a Evangelização a nível Diocese, Regional e Nacional. Esse Fundo é administrado pela CNBB e destinado a apoiar atividades evangelizadoras em nível diocesano, regional e nacional. Os cristãos católicos animam a Campanha da Evangelização no sentido de despertar a co-responsabilidade para a obra evangelizadora, de modo que as suas necessidades sejam assumidas solidariamente por todos os que pertencem à Igreja Católica.

Oração da Campanha da Evangelização. (Coleta no dia 14 e 15 de dezembro) “Dá-nos assumir, na força da fé, a corresponsabilidade na evangelização e na construção de um mundo sustentável e justo, para todos, no seguimento de Jesus, com a Alegria do Evangelho e com a opção pelos pobres e necessitados”. Amém!

Neste ano a Campanha em Favor da Evangelização tem como tema: “Eu cuido do anúncio da Palavra, dos pobres e da comunidade” e o lema: “Cuida dele” (Lc 10,35). Com o objetivo de motivar os fiéis a participarem da missão da Igreja por meio do testemunho de vida, de ações pastorais específicas e da garantia de recursos para a ação pastoral, a Campanha para a Evangelização completa 21 anos em 2019. Aprovada pela 35ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1997, ela foi realizada pela primeira vez no advento de 1998.

É um gesto de partilha e de renúncia (bebida, cigarro, credito de celular, refrigerante, perfume, guloseimas, um pouco de seu salário, de sua aposentadoria…) e doar para a EVANGELIZAÇÃO da Igreja Católica no Brasil. A coleta traduz a colheita dos frutos amadurecidos no Advento para serem colocados em comum, a serviço da evangelização, da Boa Notícia da chegada do Reino de Deus no hoje da vida do povo brasileiro.

Pai santo, quisestes que a vossa Igreja fosse no mundo fonte de salvação para todas as nações, a fim de que a obra de Cristo que vem continue até o fim dos tempos. Aumentai em nós o ardor da evangelização, derramando o Espírito prometido e fazei brotar em nossos corações a resposta da fé. Por Cristo, nosso Senhor. Amém”.

Que o Sagrado Coração de Jesus, patrono da Diocese, derrame abundantes graças e bênçãos sobre cada um de nós. Saúde aos doentes, alegria aos tristes, esperança aos desanimados.

 

Dom Juventino Kestering

 Bispo diocesano