Parabéns aos catequistas

SERVIÇO E TESTEMUNHO

 

Neste dia 25 de agosto, 21º domingo do tempo comum, a Igreja celebra o dia do Catequista. Na história de vida há lembranças que não se apagam, de modo especial na educação da fé e dos valores cristãos. Uma dessas lembranças é a pessoa do/a catequista que nos ajudou a descobrir, aprofundar e cultivar a fé, a vida comunitária, a ética e a cidadania.

Padre Luiz Quijano propõe cinco caminhos que são fundamentais para a catequese de iniciação para os tempos atuais.

Catequistas “unidos para servir”: A missão requer um trabalho conjunto integrado entre catequese, liturgia, pastorais e movimentos.

Catequistas que “cultivam a fé”: A fé é como uma alavanca que sustenta, reergue, anima, abre caminho. É difícil sentir que haja uma verdadeira experiência de encontro com Jesus Cristo para quem não está disposta a mudar a sua vida e viver experiência de fé, de espiritualidade de compromisso com a missão.

3° Crer na comunidade: A catequese de iniciação à vida cristã não é uma nuvem sem chão. É na comunidade que se faz a experiência da partilha, do amor aos irmãos, de encontro com pessoas. Os catequistas fazem parte da comunidade eclesial. Ela é como fonte, lugar e meta da catequese. “Os catequistas são a voz e o gesto de fé da comunidade”.

4° Catequistas dialogantes: O diálogo é forma de entrar em contato com as pessoas e de aceitar as culturas, o diferente e cultiva a tolerância e os valores do evangelho. Sem diálogo, hoje as pessoas não caminham. Sem diálogo a catequese se fecha em si mesma e não desperta no catequizando as potencialidades de crescimento da fé.

5° Catequese em redes: A catequese não é um ato isolado, desligado da comunidade, da família, das pastorais e movimentos. Essa visão de catequese já foi superada. Os tempos atuais exigem catequese em redes. Toda comunidade eclesial é um tecido que deve colaborar com a educação da fé e iniciação dá vida cristã de adultos, jovens e crianças.

“Ser catequista é ser encantador de gente, exerce a missão com gente como Jesus”. O/a catequista se aprimora com o tempo e esta seja uma das coisas mais lindas do Catequista: ser capaz de abrir os olhos das pessoas para a vida, para si mesmas, para o mistério do mundo e de Deus. É bom ser catequista, mesmo em meio à dor, sofrimento, dúvidas e decepções.

Feliz o/a catequista que se sente chamado/a para essa missão. Ouvir a voz de Deus que o/a convida a ser comprometido na missão de construir um mundo novo. Descobre-se limitado/a e, por isso, se coloca a caminho, em busca de formação, de reflexões, de conversas, de partilhas de experiências. É capaz de perder noites de sono, dedicar fins de semana em encontros formativos,  dedicar dias inteiros a estudar, a ler bons livros, porque sabe que a educação da fé, a iniciação à vida cristã é uma arte que precisa de dedicação, doação, competência, linguagem e espiritualidade.

Catequista se esforça para participar do grupo de catequistas porque acredita que o trabalho em conjunto é capaz de remover obstáculos e criar coisas novas. Sabe que a amizade é o encantador tempero da caminhada e da vida. O catequista, mesmo sem recursos aprendeu a ser criativo, na arte de ser amigo dos catequizandos, inventar lugares e meios para anunciar a beleza de ser cristão e de viver em comunidade. Catequista que não desiste mesmo diante de desafios que aparecem na Igreja, na comunidade, no grupo de catequistas, no trabalho com os catequizandos. É capaz de chorar as dores, sem endurecer o coração. Tem o dom de se alegrar com as pequenas conquistas e alguns passos dados na iniciação à vida cristã.  Catequista que descobre a internet e as redes sociais como lugar de evangelização. Percebe que Deus se revela em todo lugar. Está atento às novas linguagens e tem na música, na arte, no cinema, na poesia, formas privilegiadas para a transmissão da fé no mundo de hoje.  Assim percebe a beleza da experiência cristã e da catequese, mesmo com limites porque Deus é Beleza, esplendor e espanto. “A educação da fé provoca a admiração, sobressaltos de Infinito, paixão pelo Absoluto, uma inexplicável emoção que nos faz novos, inquietos em busca de vida, em busca do Caminho que é Jesus”.

Catequista é apaixonado pela Palavra de Deus, descobre na experiência de seguir Jesus Cristo a alegria de viver e anuncia a Fé na Vida. Procura ser íntegro, justo, solidário, verdadeiro, de bem com a vida, comprometido com a comunidade de fé e assim são capazes de inspirar a caminhada, agregar pessoas, vislumbrar novos horizontes para a catequese. Sabem prever ou apontar desafios e saídas em momentos de crise e escuridão. Conseguem manter acesa a chama da alegria, apesar dos dramas que surgem no cumprimento da missão. É feliz porque ama e se deixa surpreender pelo amor de Deus” (inspirado em Lucimara Trevizan, mensagem para os catequistas).

Cada cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho” (Papa Francisco).

Rezar com a Igreja: Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Aos catequistas desejamos coragem e perseverança na missão. Parabéns pelo seu dia! Em nome da diocese de Rondonópolis cumprimento cada catequista e incentivo a continuarem firmes na missão. O Sagrado Coração de Jesus, patrono da diocese abençoe, guarde e proteja todos os catequistas de nossa diocese.

 

Dom Juventino Kestering.

Bispo de Rondonópolis-Guiratinga